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Portugal poderá enviar 619 militares para os países com fronteira com a Ucrânia, no âmbito da NATO

José Sena Goulão / Lusa

Apesar dos apelos do ministro dos Negócios Estrangeiros, nenhum dos 240 portugueses residentes na Ucrânia decidiu abandonar o país.

Perante a eminência de uma invasão russa à Ucrânia, os aliados da NATO já começam a antecipar o que poderá ser um reforço de meios nos países que pertencem à aliança e que já prometeram apoio a Kiev caso o avanço das tropas russas se concretize. No caso português, está a ser equacionado o envio de até 619 homens, apesar de ainda não ser clara qual a sua localização exata. De acordo com o jornal Público, a Roménia é uma hipótese, mas também a Hungria e a Polónia.

Para além dos meios humanos, Portugal deverá encaminhar para o país seis aviões e uma fragata. A operação ocorrerá ao abrigo da NATO Response Force e sob comando do Supreme Allied Comander Europe, no âmbito de uma força conjunta. O objetivo é que uma resposta, a acontecer, ocorra com elevada prontidão – cerca de sete dias para que esteja preparada para entrar em ação.

Segundo a mesma fonte, em Kiev estão já três militares portugueses que, juntamente com os serviços consulares e da embaixada, estão a contactar os 240 residentes portugueses no país, como forma de preparar um possível repatriamento – apesar de, até agora, nenhum ter mostrado vontade de abandonar o país, mesmo perante as indicações deixadas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

As Forças Nacionais Destacadas portuguesas tinham previsto, em 2022, participar na Tailored Forward Presence  na Roménia, de acordo com o aprovado pelo Conselho Superior de Defesa Nacional. Esta participação, numa missão que deveria durar três meses, deveria contar com 174 militares de uma Companhia de Atiradores Mecanizada e 17 viaturas táticas, no entanto, foi adiada à tensão na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia.

Esta possibilidade foi já antecipada por Luís Marques Mendes ontem, no seu espaço de comentário semanal na SIC. O comentador diz que a decisão foi concertada, entre Governo, partidos políticos e Presidente da República, durante a campanha eleitoral.

ZAP //

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