Portugal tem uma dependência crónica do Turismo e do Imobiliário

Na última relatório de investimento Why Portugal, a Macedo Vitorino destacou que “Portugal reflete a realidade de um país ainda marcado pela pandemia e por uma dependência já crónica do turismo e do imobiliário”. 

Segundo o ECO, este relatório anual contém informações a ter em conta pelos investidores estrangeiros que considerem investir em Portugal, nomeadamente sobre a criação e organização de empresas, regulação do trabalho, direito fiscal, proteção da propriedade intelectual, investimento imobiliário e o sistema judicial.

“A edição de 2023, começa por realçar que Portugal já superou o impacto económico da pandemia, mas enfrenta as pressões inflacionistas provocadas pelas perturbações nos canais de distribuição, pela pressão dos custos laborais, pelo excesso de liquidez que resultou dos apoios públicos durante a pandemia e pela guerra na Ucrânia”, referiu o escritório em comunicado.

O documento sublinhou que os investidores continuam a mostrar-se “confiantes” nos investimentos de longo prazo, nomeadamente energia, turismo e imobiliário, apesar das “perspetivas pouco otimistas para a economia europeia e portuguesa em 2023”. “O PRR melhora também as perspetivas para 2023”, acrescentou.

O relatório realçou a segurança, a baixa conflitualidade social e a natureza inclusiva e aberta da sociedade portuguesa, com baixos níveis de racismo, tensões religiosas e preconceitos sexuais, o que “contrasta com a agitação social vivida em muitos outros países desenvolvidos nos últimos anos”.

O relatório “reflete a realidade de um país ainda marcado pela pandemia e por uma dependência já crónica do turismo e do imobiliário. O PRR promete investimentos significativas, principalmente na administração pública e no setor público. Esperemos que se concretizem e tragam melhorias ao funcionamento da administração e da justiça”, sublinhou António de Macedo Vitorino, sócio responsável pelo projeto.

“Continuamos pessimistas quanto à capacidade de Portugal ultrapassar os seus défices crónicos na regulação, justiça e administração. Mas acreditamos e fazemos o nosso melhor para promover o investimento estrangeiro em Portugal e oferecer ferramentas inovadoras e úteis para os investidores. O relatório Why Portugal faz parte desse esforço”, sublinhou António Vitorino.

ZAP //

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