Os portugueses podem estar descansados. “Portugal não tem e nunca irá assistir a uma bolha imobiliária”. Quem o diz é o ex-CEO do Novobanco, António Ramalho, notando que “o crescimento dos preços” não implicou um “aumento do endividamento das famílias”.
As declarações de Ramalho foram feitas dura uma intervenção na sétima edição do evento “Portugal Real Estate Summit” que está a decorrer até esta quarta-feira num hotel do Estoril.
“Apesar do que muitos dizem, Portugal não tem uma bolha imobiliária e nunca irá assistir a uma”, sublinha o ex-CEO do Novobanco citado pelo Jornal Económico.
“O crescimento dos preços da habitação está a ser moderado, com efeitos de base adversos e condições financeiras mais rigorosas” e “a procura permanece resiliente, mas as transações estão a diminuir”, analisa ainda o economista.
“Portugal é um dos melhores” mercados imobiliários
Ramalho destaca que o crescimento dos preços na habitação foi suportado pela “procura externa, pelo boom da actividade turística” e pela “oferta insuficiente, à medida que a construção de novas habitações estagnou”, como cita o Económico.
Contudo, esse “crescimento dos preços não esteve associado ao aumento do endividamento das famílias“, conclui.
Deste modo, Ramalho afasta riscos de uma “bolha imobiliária”, destacando que, “ao contrário de outros destinos periféricos, Portugal continua a ser um mercado de baixo-risco devido à sua importância local”.
“Não posso dizer que Portugal é o melhor mercado imobiliário a nível mundial, mas é um dos melhores“, aponta ainda.
Problema é que “não há casas suficientes”
O ex-ministro da Economia e da Transição Digital Pedro Siza Vieira concorda com o ex-CEO do Novobanco e sublinha, em declarações ao Económico, que “o mercado português está efectivamente muito maduro”, com “grande parte dos portugueses” a serem “proprietários das casas onde residem” e “uma parte significativa desses quase dois milhões de famílias têm a casa quase paga“.
Assim, Siza Vieira afasta a possibilidade de se verificar por cá uma “bolha imobiliária” semelhante à que se viveu no país vizinho em 2018.
“O que aconteceu em 2008, em Espanha, foi que houve muita construção que não encontrou comprador, com as tais cinco milhões de casas que transformaram algumas cidades em cidades fantasma”, destaca o ex-ministro.
Ora, em Portugal, “o problema é exactamente o oposto, não há casas suficientes para as pessoas que precisam de casa”, frisa, notando que há “uma grande pressão da procura para a pouca oferta que existe”.
Por outro lado, o ex-ministro reforça que Portugal tem “níveis de emprego muito fortes” e que “as pessoas têm capacidade para fazer face às despesas que vão enfrentando”.
Além disso, “a economia está a crescer mais do que na maioria da União Europeia“, constata ainda o ex-governante.
«…não há casas suficientes para as pessoas que precisam de casa…» – O dr. Pedro Vieira está a mentir, não existe falta de casas em Portugal, é mentira, para resolver o problema da habitação em Portugal basta revogar a criminosa, inconstitucional, e ilegal “lei das rendas” elaborada pela ex-Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Maria Graça, e fazer cumprir a Lei que determina que os imóveis construídos para habitação não podem ser colocados para alojamento local, turístico, temporário, ou de curta duração.
Sobre a bolha imobiliária, em breve, quem tiver dinheiro vai poder comprar imóveis a preço de saldos.
O que estes iluminados dizem. Oh Ramalho, daqui a 6 meses/ 1 ano, falamos. Os preços do imobiliário são ciclicos e o Ramalho, como gestor bancário, devia saber. Quando os preços relativamente aos rendimentos estão altos, quebram. A última vez que aconteceu foi entre 2010 e 2014.
Se a procura externa não cair e os estrangeiros que cá estiverem não fugirem de repente, assim como admitindo um nível de turismo (nomeadamente AL) alto, os preços não cairão nunca muito. Agora, com a Europa em quebra, poderá haver algumas alterações nestes pressupostos.
Estas notícias são psicologia inversa. Sempre que estão para subir impostos, aparece um político a dizer que não vão subir impostos. Sempre que começa um problema grave vem alguém dizer que não há problema nenhum. É para começar a preparar a opinião pública para aceitar o inevitável.
E un pouco parecido com a declaração do ex P.R Cavaco Silva , que a poucos Dias da queda do BES insistia e exortava os Portugueses a depositarem as suas Economias no Titanic chamado BES ! ………. enquanto a vergonhosa especulação Imobiliária perdurar , a dita “bolha vai aumentando” , todos sabemos disso !
Sr gestor,enquanto a procura externa se mantiver os preços das casas não param de aumentar, o problema reside na diferença de rendimentos dos portugueses cada vez mais explorados e sem condições de amealhar o suficiente para a entrada que acabam por recorrer a um crédito pessoal. Assim, os portugueses e portuguesas andam uma vida a pagar prestações chegando à idade de reforma em dívida.
A bolha imobiliária vai acontecer. Eles (os externos) não vão aguentar se tiverem de pagar os impostos e vão embora e depois veremos o que acontece. Venham ao terreno e não façam avaliações de secretária, têm de vir tomar notas.