Porto Rico quer ser o 51.º estado dos Estados Unidos

Mais de 97% dos que votaram, este domingo, num referendo sobre o estatuto jurídico de Porto Rico escolheram tornar-se um estado norte-americano, embora o plebiscito fosse marcado por uma muito fraca adesão.

Segundo dados divulgados pelo site da Comissão Nacional de Eleições, um total de 486.725 eleitores escolheu tornar a ilha, agora um Estado associado, o 51.º estado dos EUA.

A opção de independência teve apenas 1,5% dos votos e só 1,3% votou pela manutenção da atual situação de Estado livre associado.

De um total de 2.260.804 eleitores, apenas cerca de meio milhão foi votar, num referendo não vinculativo.

Depois da divulgação dos resultados, o principal partido da oposição, o Partido Popular Democrático de Porto Rico, disse, pela voz do seu presidente, Héctor Ferrer, que os resultados não foram “grandes” para a opção Estados Unidos, mas foram sim uma derrota para o governador, Ricardo Rosselló.

Oito em cada dez eleitores não exerceram o seu voto, “foram para a rua, para a praia, para o rio, não fizeram caso”, disse. A oposição em Porto Rico boicotou o referendo.

No entanto, o governador de Porto Rico já disse que vai defender em Washington a vontade dos eleitores que escolheram tornar a ilha no 51.º estado dos EUA.

“Vamos apresentar-nos na cena internacional para defender a importância de ver Porto Rico tornar-se o primeiro estado hispano dos Estados Unidos”, afirmou Ricardo Rossello, que chegou ao poder em janeiro e que quer ver o pequeno território entrar nos EUA.

Também o vice-presidente do partido no Governo (Partido Novo Progressista), Thomas Rivera Schatz, defendeu a vitória da união aos EUA e desvalorizou a abstenção, afirmando que, se no passado a opção 51.º estado teve mais votos, foi porque muitos porto-riquenhos foram entretanto para os Estados Unidos.

“Em Porto Rico somos pouco mais de três milhões de habitantes e nos Estados Unidos há agora mais de cinco milhões”, disse.

Com uma dívida de 70 mil milhões, a ilha pode ter dificuldades em convencer Washington a adicionar mais uma estrela à bandeira. A ilha foi uma colónia espanhola e um território dos EUA no final do século XIX e adquiriu o atual estatuto na década de 1950.

// Lusa

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