Porque é que os animais são tão coloridos?

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Camaleão-pantera, um dos animais mais coloridos do mundo

Desde o espampanante pavão à pele arco-íris do camaleão, o reino animal é um verdadeiro tesouro de cores vibrantes, mas como é que os animais conseguem atingir tais espetáculos de cor?

A resposta jaz no seu engenho científico e evolução.

Olhando para o caso dos vertebrados terrestres, as cores vivas que alguns ostentam geralmente servem uma de duas funções: ou são um aviso para predadores ou um sinal de acasalamento, de acordo com pesquisa publicada em 2022 avançada pelo Live Science.

Para os descendentes de criaturas noturnas, as cores brilhantes atuam como um dissuasor contra predadores. O fenómeno, conhecido como apossematismo, é particularmente eficaz quando estes animais estão mais vulneráveis, por exemplo, quando estão a dormir durante o dia.

Por outro lado, as espécies descendentes de animais diurnos usam a cor principalmente para atrair parceiros.

Enquanto os sinais sexuais tendem a evoluir em espécies capazes de reconhecer tais cores, os sinais de aviso podem ser eficazes mesmo em espécies daltónicas ou sem olhos, desde que a audiência pretendida — os predadores — possa percebê-los.

O papel da cor nos rituais de acasalamento das aves é particularmente impressionante, tais como o pássaro-do-paraíso de Wilson e o tangará do paraíso, que exibem cores resplandecentes para atrair parceiros. O primeiro mostra as suas penas esmeralda fluorescentes, enquanto o último ostenta uma coroa verde-néon — ambos evoluíram devido à preferência feminina por cores vivas.

Perigo de acasalar com a espécie errada

Além do acasalamento e da dissuasão de predadores, a coloração ajuda na diferenciação de espécies. Tanto para machos como para fêmeas, acasalar com a espécie errada é uma oportunidade perdida, razão pela qual a família dos insetos, com a sua enorme diversidade, ostenta um vasto leque de cores.

Mas como é que os animais criam estas exibições coloridas?

Há dois métodos principais que estão envolvidos: pigmentos e nanoestruturas. Enquanto os pigmentos absorvem e emitem determinados comprimentos de onda para produzir cores, as nanoestruturas manipulam a reflexão da luz para o mesmo efeito. Frequentemente, os animais combinam ambos os elementos para criar cores ultra-saturadas.

Compreender estas proezas de engenharia microscópica poderá levar a avanços na tecnologia, como no design de ecrãs de televisão e de telemóveis, defende o professor de biologia Vinod Saranathan.

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