Rui Rio apleou a reformas no regime democrático para defender a democracia, durante o seu discurso no Congresso do Partido Popular Europeu, que decorreu na terça-feira em Roterdão.
“Sabemos que o regime democrático tem muitos defeitos e muitas limitações, mas ele continua a ser o menos mau de tudo o que, até hoje, se conhece”, referiu, citado pelo Expresso, notando, na sua última intervenção num congresso do PPE, que “a democracia é o pior de todos os regimes, à exceção de todos os outros”.
“O populismo e o autoritarismo avançam em praticamente todos os Estados-membros da UE, bem como noutras democracias do mundo”, disse, em alemão, enquanto ocorrem “pressões externas de regimes autoritários, com destaque para a Federação russa”.
E continuou: as reformas da democracia são “da máxima importância, no sentido da sua adaptação aos nossos novos tempos”, passando estas por uma maior justiça social, uma maior “promoção de uma classe média mais robusta”, pela criação de riqueza com mais justa distribuição e por uma moderação entre o liberalismo e o estado social.
“O avanço das potências autoritárias é hoje a maior ameaça à segurança e à ordem internacional”, indicou, referindo que invasão da Ucrânia pela Rússia é “um ataque ao nosso modo de vida, que tanto nos custou a alcançar”.
