//

Político espanhol acusado de homicídio por ex-mercenário português

Um ex-mercenário português que combateu em África e foi porteiro de uma discoteca em Benidorm, em Espanha, acusou em tribunal um político daquele país pela autoria moral do homicídio de Alejandro Ponsoda, autarca do Partido Popular (PP), morto a tiro a 19 de outubro de 2007 em Polop, Alicante.

Segundo noticiou o Expresso, o testemunho do homem de 41 anos, cuja identidade foi protegida em tribunal pela polícia, era crucial para resolver o caso. “O sucessor do alcaide encomendou-me o crime”, disse, referindo-se a Juan Cano, também político do PP, um dos sete acusados do homicídio.

O antigo porteiro contou que receberia 35 mil euros pelo homicídio, mas que recusou executar e indicou a Juan Cano outros dois homens, os checos Radim Rakowski e Robert Franek, também acusados pelo Ministério Público. Contudo, garantiu não saber se foram esses que cometeram o crime.

A testemunha revelou igualmente que, por saber do crime, teve que mudar de identidade e esconder-se devido às ameaças de morte. Nos últimos 12 anos mudou oito vezes de casa e de cidade, entre Espanha e Portugal, com a proteção da Guardia Civil.

Dois anos depois do assassinato, o ex-mercenário decidiu revelar a conspiração às autoridades, que até então não tinham conseguido provas sobre a autoria. De acordo com o próprio, o plano para matar o alcaide foi preparado na área VIP da discoteca Mesalina, onde na altura era porteiro.

O homem contou ainda que antes de trabalhar em clubes noturnos foi mercenário ao serviço de governos e rebeldes na Costa do Marfim, África do Sul, Moçambique e Libéria.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.