Político congolês condenado a 20 anos de trabalhos forçados por desviar 48 milhões

World Economic Forum / Flickr

O Presidente da República Demcrática do Congo, Félix Tshisekedi

Vital Kamerhe, chefe de gabinete do Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, foi considerado culpado de ter ter desviado 48 milhões de dólares, tendo sido condenado a vinte anos de trabalhos forçados.

Segundo noticiou esta terça-feira o Expresso, o juiz considerou “inequívocos” os factos provados. Entre os aspetos insólitos do caso, está o facto de ser invulgar políticos a esse nível serem responsabilizados por corrupção. Ainda no decorrer do processo, o juiz original faleceu, tendo o Governo anunciado que a morte foi consequência de uma hemorragia cerebral causada por pancadas na cabeça.

Kamerhe, um antigo presidente do Parlamento que assumiu o cargo de chefe de gabinete de Tshisekedi em 2018, terá desviado os 48 milhões de dólares durante os seus primeiros cem dias no cargo. Esta verda destinava-se à construção de casas sociais prometidas pelo Presidente durante a campanha.

Em sua defesa, Kamerhe garantiu que tudo o que se fez teve a aprovação de Tshisekedi, e disse que o processo era político. Kamerhe vai recorrer, mas a carreira política terminou.

No julgamento foi ainda condenado um empresário libanês, igualmente a vinte anos, e um funcionário da presidência, com uma pena de dois anos.

ZAP //

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