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Polícias exigem que clubes paguem policiamento de claques

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Manuel de Almeida / Lusa

Adeptos do Benfica à chegada ao Estádio da Luz pouco antes do jogo da Primeira Liga de Futebol com o FC Porto

Adeptos do Benfica no Estádio da Luz antes do jogo da Primeira Liga com o FC Porto

O maior sindicato representativo dos polícias quer que sejam os clubes a pagar o policiamento à volta dos estádios em dias de jogos e que os próprios clubes sejam responsabilizados pela violência das claques e dos adeptos.

No comunicado enviado na quarta-feira ao Ministério da Administração Interna (MAI) e aos grupos parlamentares, depois de várias agressões registadas junto ao Estádio da Luz, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) exige medidas urgentes para “travar a violência no futebol”.

“A ASPP/PSP considera inconcebível que um desporto se tenha transformado numa espécie de cenário de guerra semanal, muitas vezes promovido e apoiado por dirigentes e representantes dos próprios clubes”, indica a associação.

De acordo com a TSF, os polícias dão um prazo até ao início do novo campeonato, sob pena de avançarem com protestos, afirmando que estão fartos de trabalhar de graça para os clubes e sociedades anónimas desportivas.

O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, explicou à TSF que só os agentes que estão dentro dos estádios é que recebem um extra dos clubes. Os restantes são tirados de outras funções e não recebem nada pelo trabalho.

Estamos a fazer um favor a sociedades anónimas desportivas, estamos a falar de negócios que envolvem milhões de euros, e os polícias de alguma forma estão a fazer um favor, que não querem fazer, e não têm qualquer comparticipação pela complexidade e exigência que o seu trabalho envolve”, adiantou o sindicalista.

Para Paulo Rodrigues, “não têm que ser nem o Estado, nem o erário público a pagar o policiamento que envolve estes jogos de futebol e não têm que ser os polícias a trabalhar de graça”.

O representante dos polícias afirma que os agentes são muitas vezes alvo de ameaças, insultos e agressões e garante que a ASPP continuar a insistir para acabar com aquilo que diz ser a “vergonha do futebol”.

ZAP //

6 Comments

  1. acho bem esta medida
    pode ser que assim os clubes tenham mais cuidado ou deixem de apoiar as claques.
    para uns irem ao futebol, outros (policias) nao podem ir passear com a familias e chegam ao fim do dia com umas mossas por causa de um arruaceiro que lhe mandou com uma pedra.
    se podem dar uns milhoes por um jogador, então também podem pagar umas centenas de euros aos policias.
    ficam as ruas sem policiamento para que sejam destinados ao futebol.
    também devem alterar as leis sobre as penas dos clubes e claques.
    as multas pagas pelos dirigentes, ate fazem rir um cidadao normal
    quando um adepto vai a tribunal, este fica a rir-se pois nao lhe acontece nada,
    os politicos devem alterar ou fazer leis mais rigorosas com penas bem pesadas para estes adeptos arruaceiros.

  2. Não vejo outra maneira, quem tem vicios tem que os pagar senão qualquer dia depois de ser-mos acusados de viver-mos acima das nossas possibilidades ainda temos que pagar os tatus do orelhas e os charutos do dono dele.

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