Polícias em protesto derrubam barreiras de segurança em frente ao Parlamento

Zanthia / Flickr

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A Polícia de Segurança Pública reforçou o cordão de segurança junto à escadaria do parlamento, para onde convergiram as forças e serviços de segurança em protesto contra os cortes salariais.

O cordão de segurança foi reforçado após manifestantes terem derrubado as grades de proteção, na parte lateral da escadaria, tendo chegado um novo reforço do Corpo de Intervenção.

Elementos do Corpo de Intervenção (CI), que se encontravam na terceira linha de segurança, ocorreram rapidamente ao local e formaram a primeira barreira, compacta.

A PSP colocou no local um grupo de cinco equipas cinotécnicas.

O subintendente da Polícia de Segurança Pública, Paulo Flor, não revelou à agência Lusa o número de efetivos – entre elementos do Secção de Intervenção Rápida (SIR) e Corpo de Intervenção (CI) – destacados para a Assembleia da República, mas constata-se que estão mais agentes do que em manifestações anteriores, incluindo a de 21 de novembro de 2013.

Paulo Flor adiantou, todavia, que o perímetro de segurança não foi alargado, estando os agentes em serviço dispostos ao longo do jardim que ladeia a escadaria do parlamento, reforçado com duas filas de polícias do SIR, antes dos dos elementos do CI.

O cortejo chegou ao parlamento pouco minutos depois das 20:00.

Dez feridos e dois identificados na manifestação

Dez feridos e duas pessoas identificadas por desacatos é o resultado da manifestação de hoje dos profissionais das forças e serviços de segurança que terminou na Assembleia da República.

O porta-voz do comando metropolitano de Lisboa, comissário Rui Costa, adiantou aos jornalistas que as pessoas identificadas por desacatos e eventuais infrações poderão ser objeto de processo criminais.

“Foram identificados dois indivíduos que poderão levar processos crimes”, disse.

O porta-voz do Cometlis adiantou também que dez pessoas, seis polícias e quatro manifestantes, foram assistidas pelo INEM no local.

Os dois manifestantes feridos tiveram posteriormente de ser transportados para o hospital, mas com ferimentos ligeiros.

O comissário da PSP disse ainda que “houve um enorme esforço da PSP ao longo da semana no planeamento e execução durante a manifestação para a contenção e garantia da segurança de todos manifestantes e da Assembleia da República”.

Garantiu também que, da parte da PSP, “durante o policiamento foram tomadas as medidas adequadas”.

Questionado pelos jornalistas sobre a subida de alguns degraus da escadaria frontal do parlamento por parte de vários manifestantes, Rui Costa afirmou que a PSP recuou um passo atrás para dar dois à frente, garantindo que não houve tratamento diferenciado pelo facto de serem elementos das forças de segurança.

“Não há na Constituição diferenças entre cidadãos portugueses”, afirmou.

O porta-voz da polícia considerou que “houve uma adequação dos meios policiais ao policiamento de milhares de manifestantes”.

Entretanto, fonte da PSP disse à agência que foram mobilizadas todas as equipas de intervenção rápida das divisões de Cascais, Loures, Odivelas, Sintra e Amadora e mais uma de Setúbal.

Para fazer o policiamento junto da AR estiveram também elementos do Corpo de Intervenção de Lisboa, Porto e Faro além de equipas cinotécnicas.

/Lusa

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