A agente da polícia que, na semana passada, matou um afro-americano desarmado que estava no meio da estrada com o carro avariado, foi acusada de homicídio involuntário.
Segundo o The New York Times, a polícia Betty Jo Shelby, que abateu um afro-americano desarmado na semana passada, foi acusada de homicídio involuntário.
De acordo com os documentos judiciais, a agente de Tulsa, Oklahoma, foi “dominada pelo medo” que o homem, que estava no meio da estrada com o carro avariado, a fosse matar.
A polícia alega que Terence Crutcher, de 40 anos, não estava a responder às suas ordens e que continuava a afastar-se em direção ao carro com os braços ao alto.
Um investigador da procuradoria de Tulsa afirma no mesmo relatório que a agente ficou “emocionalmente envolvida ao ponto de ter exagerado a sua reação”, disparando contra Crutcher, apesar de “não conseguir ver qualquer arma ou indicações de que o homem estivesse armado”.
A procuradoria acusa a polícia de 42 anos de ter cometido um homicídio involuntário por causa “do calor das emoções”, escreve o jornal norte-americano.
De acordo com a lei do estado de Oklahoma, fortes emoções, como o medo e a raiva, podem afetar “a capacidade de se ser racional e incapacitam a mente de agir a sangue frio”.
Shelby, que está em casa com uma licença paga desde o incidente, poderá enfrentar uma pena de prisão não inferior a quatro anos se for declarada culpada.
Segundo as autoridades, já foi emitido um mandado de captura contra a agente em questão e já foram coordenados vários esforços para que esta se entregue.
O caso, que foi divulgado na Internet através de um vídeo, reacendeu novamente o debate sobre a violência policial contra a comunidade afro-americana nos EUA.
Dias depois, um novo caso motivou violentos protestos em Charlotte, uma cidade na Carolina do Norte, que levou o seu governador a declarar o estado de emergência.
Na terça-feira, um polícia abateu Keith Lamont Scott que, segundo as autoridades, estava armado, apesar de não ter sido esclarecido se apontou a arma contra os agentes.
Por sua vez, os familiares do homem de 43 anos asseguram que este estava à espera que um dos seus filhos regressasse da escola e negaram que tivesse uma arma mas sim um livro.
Os protestos continuaram na noite desta quinta-feira, com centenas de pessoas a desafiar o recolher obrigatório, a partir da meia-noite, solicitado pela autarquia.
ZAP / Lusa
Entretanto morrem brancos e asiáticos em iguais situações e ninguém faz caso.
Este ano já são 700 mortos mas “apenas” 180 são africanos. e com os outros ninguém se revolta?
A questão não é se os 700 que morreram eram brancos, pretos ou às bolinhas vedes. Nem se morreram mais pretos, brancos, chineses ou hispânicos… A questão é quando morre um gajo (seja de que tonalidade for), com os braços no ar a andar devagar, ou na paragem de autocarro com um livro na mão.
Quer dizer, coitadinha da polícia com um canhão na mão, que sentiu a sua vida ameaçada por um gajo com os braços no ar a andar em camara lenta. O que faria se fosse a correr, com as mão nos bolsos… Aí então tinha direito de o regar com querosene, imagino… Homicídio involuntário uma bela porra!.. Se ela estava desorientada porque temia pela vida, então o homem é que havia de dizer… Com uma arma apontada às trombas. Devía estar calmíssimo a saber friamente o que fazer. Só porque continuou a andar lentamente, toma lá uma no bucho.
Então caramba, não se vê perfeitamente, que o homem deve ter ficado em panico por ver uma arma apontada e instintivamente se dirigiu ao carro pra meter as mão sobre o tejadilho?!.. Ele é que já não sabia a quantas andava com uma gaja histérica de arma na mão. Bem se viu o perigo que a instabilidade dela representava! Razão tinha ele pra estar nervoso, como se viu!.. Isto é lindo!.. Anda 50 metros com um canhão em direcção ao gajo, quando ele pára sem fazer nada, aponta e dá-lhe um balásio…
Se isto é a definição de “involuntário” vou ali abaixo largar uma e volto já.
A solução é muito clara.
Se a policia diz para.. tu paras,
Nada pode ser mais claro
se te ensinarem a olhar esquerda e direita antes de atravessar a rua, olhas, senão arriscas-te a levar com um carro
Certamente viste que o “rapaz” desse incidente tem um longo cadastro criminal, incluindo resistir à autoridade.
Se vamos começar a dar razão aos bandidos , daqui a pouco policias não podem parar criminosos.
O problema começa na desobediência à autoridade e acaba com um clima anti policia. pelo meio está o ser-se humano com uma arma na mão
Não faço ideia se o assassinado tinha cadastro ou se a polícia tinha conhecimento de tal cadastro. Pessoalmente, se um polícia branco tem uma arma apontada a um negro, e tendo em conta que alguns polícias brancos andam doidos para dar cabo dos negros nos EUA, eu acho muito provável que dito negro não confiasse muito no agente da autoridade e fizesse o que ele lhe mandasse. Acho muito justo que ela seja acusada de homicídio, porque é isso que ela é. Mas o que se pode esperar de um polícia de um país que permite pena de morte? Gente sem moral! Polícias que se armam em juízes e júris! Pela estupidez terão de pagar.
Concordo com o seu ponto de vista.
As lamentaveis mortes que têm vindo a ocorrer, abragem todas as raças, como aqui já foi dito, importando referir que algumas destas mortes de afro-americanos foram cometidas por policias igualmente afro-americanos, portanto, nestes casos, nem se coloca a questão de racismo.
Estive a ver o video. Não é perceptivel, porque está tapado por 4 polícias (entre eles a “assassina”), o que faz a vitima quando chega ao carro. Não consigo perceber se tem alguma atitude gestual mais repentina que tenha desencadeado os disparos. O que para mim me parece estranho é, porque razão continua a vitima a caminhar ao invés de parar com os braços no ar. Acho que não faz sentido.
A América é racista , começa a ser claro que brancos e negros não podem coabitar , quem fica ? Não sei mas que assim não vai ficar por muitos anos ; não vai . Também em relação às policias do Mundo , estão a pouco e pouco , tornando – se em forças opressoras ao serviço de interesses e governos pouco interessadas na defesa e protecção dos cidadãos , que por sua vez não querem recorrer às mesmas com o receio de que um problema se transforme em dois , que somando a uma justiça lenta e nem sempre justa , leva a que muitos optem , pela justiça pelas próprias mãos e assim vamos por enquanto vivendo