O polícia de Chicago, nos EUA, que matou um jovem negro com 16 tiros, em 2014, foi condenado por homicídio em segundo grau e arrisca um máximo de 20 anos de prisão.
Segundo o The Guardian, depois de dois dias de deliberação, o júri decidiu que o polícia Jason Van Dyke que, em 2014, matou com 16 tiros o jovem negro Laquan McDonald, na altura com 17 anos, deve ser condenado por homicídio em segundo grau.
Se fosse condenado por homicídio em primeiro grau, a pena do agente variava entre 45 anos e prisão perpétua. Com a sentença por homicídio em segundo grau, Van Dyke arrisca até 20 anos de prisão.
O polícia de Chicago também foi considerado culpado de 16 crimes de agressão agravada com uma arma de fogo, que implica uma sentença mínima obrigatória de seis a 30 anos. Porém, foi considerado inocente do crime de má conduta oficial.
McDonald foi morto a 20 de outubro de 2014, depois de um encontro com Van Dyke, que assegurou na altura que o jovem estava armado com uma faca. No vídeo, divulgado quase um ano depois, vê-se o jovem a correr, aparentemente, a afastar-se de um grupo de agentes, quando foi atingido pela primeira vez. Depois, já estendido no chão, o jovem foi baleado 16 vezes pelo agente.
Na altura, centenas de pessoas saíram às ruas em protesto. Este foi o primeiro caso em 35 anos na cidade de Chicago em que um polícia foi acusado de homicídio em primeiro grau devido a um incidente ocorrido quando estava em serviço.