Ativistas penduram-se em ponte e voltam a interromper trânsito em Lisboa

Miguel A. Lopes / Lusa

Ativistas da Climáximo suspensos na ponte rodoviária sobre a entrada a Lisboa pela A5, durante um bloqueio ao acesso à capital, numa ação de protesto

O trânsito no Viaduto Duarte Pacheco, em Lisboa, continuava cortado na manhã desta quinta-feira, pelas 10h30, enquanto a polícia e os bombeiros retiravam, com recurso a uma escada elevatória, dois ativistas pelo clima que estavam pendurados, desde as 9h, numa via superior àquele acesso à capital.

Oito ativistas do coletivo Climáximo cortaram hoje de manhã um dos acessos rodoviários à cidade de Lisboa, junto às Amoreiras.

A ação começou por volta das 9h, com um grupo de ativistas a bloquear as quatro faixas da Avenida Engenheiro Duarte Pacheco no sentido que permite a entrada na capital.

Os jovens sentaram-se no asfalto em protesto contra as políticas governativas e a ação das empresas que ignoram os impactos ambientais.

Enquanto isso, outros dois elementos penduram-se por cordas no viaduto ali existente, segurando uma faixa onde se lia: “O Governo e empresas declararam guerra à sociedade e ao Planeta”.

Os ativistas estiveram sentados no asfalto durante cerca de 20 minutos, até aparecerem três agentes da PSP que os retiraram da estrada, constatou a agência Lusa no local.

Automobilistas revoltados

Antes da chegada da PSP, alguns automobilistas e motociclistas revoltaram-se com o protesto, tendo agarrado e arrastado alguns jovens até ao passeio.

“Eu tenho de trabalhar para alimentar os meus filhos. Se tu não tens, eu tenho”; “Deixem as pessoas trabalhar, há pessoa com compromissos, há pessoas com consultas médicas”, argumentaram alguns automobilistas, captados pela SIC Notícias.

 

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Ativistas pelo clima têm desenvolvido inúmeras ações nos últimos meses, tendo por várias vezes interrompido a circulação de trânsito em várias zonas da capital, como a Rua da Escola Politécnica ou a segunda circular.

Esta manhã, numa ação concertada entre os sapadores bombeiros de Lisboa e a unidade especial de polícia, os ativistas foram detidos logo após o corte das cordas que os seguravam ao viaduto.

No local estiveram quatro veículos da unidade especial de polícia e pelo menos duas viaturas da PSP, uma carrinha dos sapadores bombeiros de Lisboa e elementos da polícia de trânsito.

ZAP // Lusa

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