NASA
Um novo estudo, impulsionado pelo Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), fez revelações que desafiam o modelo cosmológico prevalecente.
No coração da cosmologia está o modelo Lambda-Cold Dark Matter (ΛCDM), uma estrutura que procura elucidar a composição e a evolução do Universo. No entanto, o modelo debate-se com os enigmas que são a matéria escura e a energia escura, entidades elusivas que compreendem a maior parte da energia-massa cósmica. Estas forças invisíveis, embora impercetíveis aos sentidos humanos, exercem uma profunda influência no cosmos.
O DESI, situado no Observatório Nacional de Kitt Peak, no Arizona, embarca num ambicioso esforço para mapear a paisagem cósmica com uma precisão sem precedentes. Através de um estudo que abrange 40 milhões de galáxias ao longo de 11 mil milhões de anos, o DESI tem como objetivo desvendar os mistérios do Universo.
As primeiras descobertas, publicados recentemente no site do DESI, oferecem vislumbres da tapeçaria cósmica. Michael Levi, diretor do DESI, destaca as intrigantes disparidades observadas nos dados, sugerindo uma potencial evolução da energia escura ao longo do tempo.
Contrariamente à noção de uma constante cosmológica estática proposta por Albert Einstein há um século, as observações do DESI sugerem flutuações na força da energia escura ao longo das épocas cósmicas, descreve o Popular Mechanics. Esta revelação desafia os paradigmas convencionais.
No centro da investigação do DESI estão as Oscilações Acústicas de Bariões (OABs). Estas relíquias cósmicas funcionam como réguas cósmicas, permitindo aos cientistas medir a expansão do Universo em diferentes épocas. Ao analisar as marcas deixadas pelos OABs, o DESI revela um cosmos dinâmico, onde a influência da energia escura aumenta e diminui ao longo das eras.
Arnaud de Mattia, co-líder do grupo de interpretação de dados cosmológicos do DESI, resume o sentimento da comunidade científica, anunciando o início de uma era dourada na cosmologia.
