Pode haver um Marte 2.0 escondido à entrada do sistema solar

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Um planeta do tamanho de Marte roubado pelo Sol a outro sistema estelar – após a sua formação – pode estar escondido no limite exterior do nosso sistema.

Um planeta idêntico a Marte pode estar escondido nas bordas do nosso Sistema Solar.

A conclusão é de uma investigação publicada esta quarta-feira, no The Astrophysical Journal Letters.

Caso se venha a verificar a sua existência, será uma grande oportunidade para a comunidade científica estudar de perto um exoplaneta, que poderia lançar luz sobre enigmas antigos: como o mistério da formação da Terra e a existência de outro planeta como o nosso.

O responsável por esta investigação, Amir Siraj, da Universidade de Princeto (EUA) diz que a sua previsão é distinta da especulação sobre o Planeta Nove, mas, se ambas as ideias forem verdadeiras, o sistema solar externo poderia estar a hospedar um número surpreendentemente grande de planetas.

“É necessário que tudo se alinhe incrivelmente bem para poder encontrar uma destas coisas (…) Imagine enviar uma nave espacial a um exoplaneta no sistema solar e tudo o que podemos aprender com isso”, explica Amir Siraj, citado pela New Scientist.

Como explica a revista, geralmente, as estrelas nascem ligadas pela gravidade, permitindo que interajam umas com as outras. Tais encontros interestelares podem catapultar planetas das suas órbitas, que eventualmente podem ser apanhados nas caudas gravitacionais de outra estrela.

Nesta investigação, os cientistas estimaram quantos planetas pequenos o sol poderia ter capturado enquanto ainda estava no seu berço estelar, há biliões de anos.

Os resultados sugerem que o sistema solar externo provavelmente contém um a três planetas comparáveis em massa a Marte e cerca de dois a cinco planetas comparáveis em massa a Mercúrio.

Estes mundos previstos poderiam estar a centenas ou milhares de unidades astronómicas (UA) de distância, onde 1 UA é a distância da Terra ao sol.

Mas agora Amir Siraj diz que o Observatório Vera C. Rubin, que deverá tornar-se totalmente operacional em 2025, poderá ser capaz de avistar algum planeta na faixa de 400 a 700 UA.

Outro estudo recente confirmou que mundos rochosos pequenos, como Mercúrio ou Marte, têm mais probabilidade de serem atirados para fora dos seus sistemas de origem em comparação com mundos do tamanho da Terra ou gigantes gasosos.

Miguel Esteves, ZAP //

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