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“Poções do amor” podem tornar-se na solução para uma relação eterna

Numa verdadeira fusão entre ficção e realidade, as nossas relações amorosas podem vir a ser salvas por uma “poção do amor”. A solução passa por se recorrer à manipulação química do amor para tentar que as relações se tornem eternas.

Esta visão pode parecer algo futurista, mas Brian Earp, investigador da Universidade de Yale, realça que esta opção pode estar mais próxima do que aquilo que pensamos. Para o especialista, esta é uma combinação de luxúria, amor e tecnologia, que pode vir a derrubar barreiras sobre aquilo que é ou não ético.

Earp destaca que produtos como ecstasy, cogumelos mágicos e antidepressivos já têm alguns efeitos de uma “poção do amor”. De acordo com o OZY, poucos são os investigadores que têm dado atenção aos efeitos secundários destas drogas.

Earp tem uma visão muito científica do amor: não acredita que se trata de “uma coisa mágica que acontece nos nossos corações ou almas quando conhecemos a pessoa certa”. A seu ver, as pessoas têm apenas o poder para exercer “uma certa quantidade” de controlo sobre quem e como amamos.

O especialista argumenta que as drogas mencionadas não devem tornar-se de uso generalizado, mas sim transformarem-se num complemento a outros métodos tradicionais de melhorar uma relação, nomeadamente a terapia de casais.

Na questão das drogas, Brian Earp e Julian Savulescu, que escreveu juntamente com ele o livro “Love Drugs: The Chemical Future of Relationships”, propõe uma nova e terceira  categoria para as drogas: aprimoramento. Os investigadores defendem que as drogas podem melhorar a vida das pessoas e as suas relações amorosas, se forem usadas de maneira correta.

“Eu acho que, nas circunstâncias certas, se isso se tornar legal, eu estaria recetivo a usar MDMA [ecstasy] ou psilocibina [cogumelos mágicos] com a minha parceira para explorar os caminhos mais profundos da nossa relação”, explicou.

ZAP //

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