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Primeiro-ministro francês está a receber centenas de peças de lingerie no correio

(dr) Action Culottée

O primeiro-ministro francês tem estado a receber roupa interior feminina na sua caixa de correio. Foi a forma encontrada pelas lojas de lingerie para protestarem contra as restrições da pandemia que as obrigam a estar fechadas.

De acordo com a cadeia televisiva CNN, os manifestantes têm partilhado nas redes sociais  as várias peças de lingerie que enviaram ao líder do Governo francês, Jean Castex, que seguem juntamente com uma carta com as suas queixas.

O protesto, organizado pelo grupo Action Culottée, surgiu depois destes negócios terem sido considerados comércio não essencial e, portanto, terem sido forçados a encerrar como parte das restrições para controlar a transmissão da covid-19 no país.

“Conseguimos que o número de participantes chegasse a 200. O que significa que o primeiro-ministro recebeu 200 cuecas”, conta à cadeia norte-americana Nathalie Paredes, dona da loja Sylvette Lingerie, em Lyon, e fundadora do movimento.

Em comunicado, o grupo explicou que pretende “chamar a atenção para a situação crítica que centenas de lojas de roupa íntima em todo o país estão a passar”.

“Floristas, livrarias, cabeleireiros e lojas de discos foram classificados como negócios ‘essenciais’. Mas e a roupa interior? Não é uma questão de higiene e proteção? Não é a primeira coisa que colocamos de manhã quando nos estamos a vestir?”, questiona.

Na missiva enviada ao primeiro-ministro, os proprietários destes negócios pedem ainda que o Governo reconsidere as regras do confinamento que estão atualmente em vigor.

“A verdade é que TODOS somos essenciais, primeiro-ministro. Os pequenos negócios e negócios locais são preciosos. Contribuem para a economia local e dão vida às nossas comunidades”, pode ler-se.

Desde o início da pandemia, França já contabilizou 5.408.606 casos de infeção. O número total de mortes devido à covid-19 ultrapassou os 102 mil óbitos.

De acordo com a agência France-Presse, a pandemia já provocou pelo menos 3.060.859 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 143,8 milhões de casos de infeção.

ZAP //

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