Desde sexta-feira, que a procura e oferta de emprego para refugiados em Portugal pode ser feita na Internet, através da plataforma RefuJobs que conta já com mais de 150 vagas à espera de candidatos.
A partir de agora, os refugiados podem candidatar-se pela internet ao emprego que mais se adequa ao seu perfil e estatuto político. A plataforma foi lançada na passada sexta-feira e já conta com mais de 150 vagas.
Na plataforma www.refujobs.acm.gov.pt está disponível um leque de ofertas de trabalho que vai desde empregado de mesa a operador de caixa à teleassistência, na maioria. A informação está em português, inglês e árabe, as línguas que mais fala quem acede a este site, adianta o Diário de Notícias.
Pedro Calado, o dirigente do Alto Comissariado para as Migrações (ACM), explica ao jornal que “o portal dirige-se a todos os refugiados e tenta respeitar os vários perfis e estatutos de proteção, para que possam candidatar-se pessoalmente, simplificando ao máximo as suas vidas.
“Desde as pessoas que fazem o pedido de refugiado nas nossas fronteiras e que não têm qualquer acompanhamento até os que vieram da Grécia e da Itália e têm o apoio de uma entidade”, diz.
As ofertas de emprego chegam por empresas que se dirigem ao ACM a oferecer trabalho aos refugiados ou pela pesquisa dos técnicos da estrutura.
Segundo a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, a plataforma pretende ajudar a “integrar os refugiados” que são acolhidos em Portugal no mercado de trabalho, disponibilizando igualmente informações sobre capacitação e cursos de empreendedorismo.
Em Portugal, vivem atualmente cerca de 1.500 refugiados sírios, dos quais 49% estão a trabalhar e, destes, 29 estudam na universidade, adiantou Pedro Calado. Ainda este ano, são esperados mais 1.010 refugiados.