Plataforma permite agendar voto antecipado de outra pessoa. Basta saber nome e data de nascimento

A plataforma de agendamento do voto antecipado pode ser acedida indevidamente por outra pessoa, desde que esta saiba o seu nome completo e data de nascimento.

A legislação eleitoral permite, em regime excecional, e sob determinadas condições, votar antecipadamente. Doentes internados, presos, eleitores que pretendam votar antecipadamente em mobilidade, eleitores em confinamento obrigatório e eleitores em lares são os cidadãos aptos para votar antecipadamente.

Os interessados devem inscrever-se na plataforma eletrónica disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

O Expresso escreve que a plataforma permite o registo em nome de terceiros, bastando para isso saber o nome completo e a data de nascimento da pessoa.

A partir daí é possível assumir o controlo do agendamento do voto antecipado da pessoa, com o intruso a receber todas as notificações relacionadas com a marcação do voto antecipado.

Assim sendo, torna-se possível aceder aos ficheiros individuais dos eleitores, como por exemplo, do primeiro-ministro António Costa. No entanto, o semanário realça que esta prática pode configurar um potencial crime.

Nos casos em que a pessoa já se tenha inscrito, não é possível ao intruso marcar ou desmarcar o voto antecipado. A identificação pelas mesas de voto leva a crer que não será possível votar em nome de outra pessoa.

Ainda assim, dados pessoais como morada, local de voto e número de identificação ficam expostos a quem aceder ao ficheiro pessoal de um eleitor. O endereço de internet e número de telefone aparecem parcialmente ofuscados.

Mais de 200 mil pessoas já se inscreveram para o voto antecipado. Os restantes eleitores poderão votar no dia 30 de janeiro.

ZAP //

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