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Esta planta pica como um escorpião (e a dor pode durar semanas)

cocoa3c / Flickr

A planta Dendrocnide moroides

Investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram o motivo que torna o veneno desta planta tão agonizante.

O seu nome científico é Dendrocnide moroides, mas é conhecida por variados nomes, desde “ferrão gympie” a “planta de suicídio”. Este arbusto nativo das florestas tropicais, que pode ser encontrado na Austrália, nas Molucas e na Indonésia, é uma das plantas mais venenosas do mundo e causa uma dor extrema que pode durar várias semanas.

Agora, investigadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram o motivo que torna o seu veneno tão agonizante, conta o jornal ABC. A planta contém neurotoxinas, até então desconhecidas, muito semelhantes às encontradas em alguns dos animais mais venenosos já conhecidos, como aranhas, escorpiões ou conus.

“As espécies de árvores que picam na Austrália são particularmente notórias por produzir picadas terrivelmente dolorosas que, ao contrário das dos seus parentes europeus e norte-americanos, podem causar sintomas que duram dias ou semanas’, afirma Irina Vetter, do Instituto de Biociência Molecular da universidade australiana e autora do estudo publicado, a 16 de setembro, na revista científica Science Advances.

“Tal como outras plantas que picam, como as urtigas, esta árvore está coberta por apêndices em forma de agulha, chamados tricomas, que têm cerca de cinco milímetros de comprimento. Os tricomas parecem cabelos finos mas, na realidade, atuam como agulhas hipodérmicas que injetam toxinas quando entram em contacto com a pele”, acrescenta.

A equipa de investigadores que encontrou esta classe inteiramente nova de miniproteínas decidiu batizá-la de “gympietides”, em homenagem ao nome indígena da planta, escreve o mesmo jornal espanhol.

“Ao compreender como funciona esta toxina, esperamos conseguir chegar a um melhor tratamento para aqueles que são picados pela planta para aliviar ou eliminar a dor” como, por exemplo, novos analgésicos, declara Vetter.

ZAP //

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