Planeta X? Gigante de gelo pode estar escondido no nosso Sistema Solar

Será o Planeta X ou o gémeo indesejado de um dos gigantes gasosos? Dele nada se sabe, mas há uma probabilidade de 7% de existir um gigante gelado nos confins do nosso Sistema Solar.

Há uma (pequena) possibilidade de haver um nono planeta vizinho no nosso Sistema Solar. É um planeta gelado que, existindo, residiria na distante nuvem de Oort, a triliões de quilómetros do sol.

Uma gigantesca região esférica repleta de fragmentos de gelo e cometas pode mesmo esconder — de acordo com novo estudo publicado no arXiv — o nono planeta do Sistema Solar depois da “expulsão” de Plutão, agora considerado planeta anão.

“É completamente plausível que o nosso sistema solar tenha capturado um planeta nas nuvens de Oort”, afirma Nathan Kaib, coautor da pesquisa e astrónomo do Instituto de Ciência Planetária.

E se realmente existir um planeta na região, é certamente um gigante de gelo — e a probabilidade de este existir é de cerca de 7%, ditou a simulação.

Explica o Popular Science que quando grandes planetas como Júpiter, Saturno, Urano ou Netuno se formam, nascem com gémeos. Mas esses mundos, pesados, ​​têm grande atração gravitacional e — como uma verdadeira relação entre irmãos — acabam por chocar.

Esse choque pode eventualmente empurrar um planeta para fora do sistema — ou para os seus confins, como a localização das nuvens de Oort.

“Os planetas sobreviventes têm órbitas excêntricas, que são como as cicatrizes dos seus passados ​​violentos”, disse o principal autor Sean Raymond, investigador do Laboratório de Astrofísica da Universidade de Bordéus.

Os investigadores afastam, no entanto, a hipótese de o planeta da nuvem de Oort ser o ‘Planeta X’ perseguido por Percival Lowell em 1906.

“Os planetas da nuvem de Oort nas nossas simulações estariam muito mais distantes do que a órbita proposta do Planeta Nove – pelo menos 10 vezes mais longe”, destacou Kaib. “As nossas simulações não podem colocar planetas em órbitas semelhantes ao Planeta Nove”.

Dada a distância vasta do eventual planeta, encontrá-lo constitui um grande desafio — para além de não estar perto de confirmada a sua existência.

Tomás Guimarães, ZAP //

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