Mais de duas centenas de pessoas reuniram-se neste domingo para realizar um funeral simbólico pelo desaparecimento de um dos glaciares mais estudados do mundo – Pizol.
Cerca de 250 pessoas reuniram-se após um trilho de duas horas pelo terreno onde antes se encontrava o antigo glaciar, localizado na montanha Pizol, que lhe dá o nome, perto de Liechtenstein e da Áustria, a 2.700 metros de altitude.
O glaciar ainda não desapareceu completamente mas, segundo os cientistas, perdeu 80% do seu volume desde 2006 devido às alterações climáticas. Restam agora 26.000 metros quadrados de gelo, menos do que quatro campos de futebol, refere o Observador.
O Pizol perdeu tanto volume que, “numa perspetiva científica, já nem sequer é um glaciar”, disse à agência AFP a ativista Alessandra Degiacomi. Um estudo de investigadores suíços concluiu que, até 2050, pelo menos metade dos glaciares da Suíça vão desaparecer.
O funeral simbólico ao Pizol contou ainda com a presença de um padre e vários cientistas. A cerimónia foi organizada pela Associação Suíça pela Proteção do Clima, que pede a redução para zero das emissões de dióxido de carbono no país até 2050. Uma coroa de flores foi colocada na montanha, em memória do glaciar.
“Viemos aqui para dizer ‘adeus’” ao Pizol, disse Matthias Huss, especialista em glaciares. Já o pároco de Mels, localidade onde o glaciar se localiza, pediu “ajuda de Deus para superar o enorme desafio das mudanças climáticas”.
Matthias Huss disse à AFP que, independentemente do que possamos vir a fazer, os Alpes vão perder, pelo menos, metade da massa de gelo até 2100.
O Pizol não é o primeiro glaciar a desaparecer dos Alpes Suíços. “Desde 1850, estimamos que mais de 500 glaciares suíços tenham desaparecido completamente”. Ainda assim, o Pizol é o “primeiro glaciar densamente estudado a desaparecer”. De acordo com o matutino, estava a ser acompanhado pelos especialistas desde 1893.
Depois do Pizol, os especialistas estimam que o maior glaciar dos Alpes, o Aletsch, possa vir a desaparecer completamente nas próximas oito décadas.
Para algumas pessoas isto é tudo inventado. E ainda não saíram notícias do estado dos Himalaias. As neves, que antes eram eternas, derretem a ritmo acelerado. Quando chegarmos ao pânico ainda vão continuar a negar as evidências. Parecem o ministro da defesa, acho, do Saddam. Bagdad debaixo de fogo e ele a afirmar que os americanos estavam a ser derrotados.