Uma enorme pitão birmanesa foi vista a comer um veado com cerca de 67% da sua massa, tendo esticado a boca até quase ao máximo do que é fisicamente possível.
Uma pitão birmanesa foi apanhada a devorar um veado inteiro nos Everglades da Florida (EUA).
A cobra, uma fêmea de 4,5 metros e 52 quilos, desafiou as toda expectativas científicas sobre as capacidades físicas destas cobras invasoras e conseguiu engolir um veado de 35 quilos.
O incidente foi observado por biólogos da Conservancy of Southwest Florida, que descreveram, à LiveScience, aquilo como uma “visão primordial, reminiscente de um passado distante”.
A mesma revista partilha o vídeo o “assassinato” em flagrante.
“Esta foi a visão mais intensa e impressionante que vimos em 12 anos de observação de pitões no sudoeste da Florida”, disse Ian Bartoszek, um dos autores do estudo, à Live Science.
Os investigadores publicaram fotografias e relatórios sobre este episódio, recentemente, na revista Reptiles & Amphibians.
As pitões birmanesas são uma espécie invasora nos Everglades, introduzidas na região por volta dos anos 70 e 80 do século passado. Desde então, têm causado devastação nos ecossistemas locais, alimentando-se de espécies nativas e contribuindo para a diminuição de várias populações de mamíferos.
A falta de predadores naturais na área permite que a população de pitões continue a crescer, estimando-se que possa haver centenas de milhares destas cobras na Florida. Estes animais têm a capacidade de comer presas de grandes dimensões como veados e jacarés, mas raramente são observados em ação.
Este estudo revelou que a abertura máxima das mandíbulas de uma pitão birmanesa pode alcançar os 26 centímetros, valor significativamente aos 22 centímetros estimados anteriormente.
Bruce Jayne, professor de ciências biológicas na Universidade de Cincinnati e coautor do estudo, enfatizou que o veado consumido estava no limite do tamanho que a cobra poderia ingerir: “As nossas medidas anatómicas indicam que este veado estava muito próximo do limite de tamanho das presas que podiam ser consumidas por esta cobra”.
