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5 anos de prisão para pirotecnia nos estádios. Adeptos do Sporting aplaudiram PSP

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O novo quadro do Governo propõe uma pena de prisão até cinco anos, ou pena de multa até 600 dia. Cenas de violência em Alvalade, com aplausos noutra bancada.

O Governo trabalhou num diploma, denominado Regime Jurídico dos Explosivos e Substâncias Perigosas, que inclui a criminalização do uso e deflagração de engenhos pirotécnicos em recintos desportivos.

Esse diploma inclui um capítulo sobre a responsabilidade criminal e contraordenacional, bem como uma secção relativa à responsabilidade criminal e crimes de perigo comum, indicou à Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

O novo quadro propõe uma pena de prisão até cinco anos, ou pena de multa até 600 dias, para quem “transportar, detiver, usar, distribuir ou for portador de explosivos, artigos ou engenhos” definidos no mesmo diploma, fazendo-o em “recintos desportivos ou na deslocação de ou para os mesmos aquando da realização de espetáculo desportivo”.

O diploma dispõe como artigos proibidos engenhos explosivos improvisados ou “artigos de pirotecnia”, o que inclui qualquer engenho que tenha substâncias explosivas ou “uma mistura explosiva de substâncias concebidos para produzir um efeito calorífico, luminoso, sonoro, gasoso ou fumígeno, ou uma combinação destes efeitos”, o que inclui os populares ‘very lights‘.

No sábado, no jogo entre Sporting e Casa Pia (3-1), da 10.ª jornada da I Liga de futebol, as claques afetas ao Sporting deflagraram fogo-de-artifício atrás da baliza de Adán, nos minutos iniciais da partida.

O comportamento desses adeptos levou a uma intensa carga policial naquele setor, no qual se viram cadeiras a voar e alguns adeptos detidos.

A PSP confirmou hoje que “no decurso do jogo, por volta das 20h46, um grupo de adeptos do SCP preparou e acionou, na zona do topo sul do Estádio, o lançamento de inúmeros foguetes, de utilização proibida no Estádio, colocando em risco a integridade física dos espetadores e agentes desportivos e exibiram tarjas de grande dimensão, uma delas, com teor ofensivo para as forças policiais”.

“De modo a preservar a integridade física de todos os espetadores, em risco com o lançamento dos foguetes, foram acionadas para a bancada equipas de polícias, visando cessar tais comportamentos bem como retirar as tarjas e intercetar os infratores”, acrescenta a nota daquela força policial.

A PSP prossegue indicando que, quando “a normalidade havia sido reposta, no momento da saída dos Polícias da bancada, os adeptos do SCP arremessaram cadeiras na sua direção, tendo havido intervenção para a reposição da ordem pública, com o uso da força necessária à situação em concreto”.

“Da ação da PSP foram intercetados quatro adeptos do SCP envolvidos nestes atos, apreendidas as tarjas e o material utilizado para o lançamento de foguetes”, acrescenta o comunicado.

Antes do jogo, a PSP tinha desenvolvido uma operação de fiscalização no estabelecimento da sede da Juventude Leonina, junto ao Estádio José Alvalade, “que contou com a colaboração da ASAE e da Polícia Municipal de Lisboa” e no decurso da qual “foram verificadas diversas infrações, tendo sido levantados pelas várias entidades oito autos de noticia por contraordenação, com apreensão de material diverso”.

O assunto está na ordem do dia depois de o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, ter anunciado, na quinta-feira, esta recriminalização da pirotecnia em recintos desportivos.

A situação tornou-se mais visível depois da carga policial sobre adeptos ‘leoninos’, que terá começado por causa da deflagração de objetos pirotécnicos.

Já hoje, o Sporting repudiou, em comunicado, a violência ocorrida no Estádio José Alvalade, cortando relações com a claque Juventude Leonina, reiterando a sua posição “em prol de um espetáculo desportivo saudável, vivido em família e de apoio ao seu clube, e manterá a sua intransigência na luta contra o crime e a violência no desporto”.

Adeptos do Sporting aplaudiram polícia

Quando a polícia de intervenção começou a atacar adeptos da claque, para identificar quem tinha lançado os foguetes, muitos adeptos do Sporting – na bancada central – começaram a aplaudir a actuação policial.

Entre as cenas de violência e detenções de alguns adeptos, destacaram-se as imagens de um adepto, em candadianas, com dificuldade em andar, que foi arrastado por um elemento da PSP e caiu desamparado.

A PSP anunciou que foram levantados oito autos de notícia por contraordenação, com apreensão de material diverso.

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. A culpa é de quem os revista na entrada e que deixa entrar tal coisa. Os franceses vieram reclamar que foram muito revistados, que até nos tintins lhes foram mexer, e agora nos jogos em Portugal, também não fazem a mesma revista que fazem aos estrangeiros quando cá vem?

    • Ó bimbi é assim tão ingénuo?!! Olhe pense lá um pouco como é que estes artigos de pirotecnia entram nos estádios nacionais. Olhe pense lá um pouco! Acha que é mesmo quando se vai entrar para assistir ao jogo que estes artigos entram?!!

  2. Atrás da baliza, dizem eles, quando se vê que zurziram numa bancada lateral ou algo semelhante. Acresce o facto de – VI EU – um polícia – obviamente com a fronha tapada! – ter arrastado um senhor de bengala, pelo chão.|!!! UMA filhadaputice intolerável!! Violência gratuita!! A lampionagem faz o que quer e sobra-lhes tempo para o demais e são intocáveis!! Nojo de País!

  3. Só faltou dizer…

    1. O que as imagens mostram:

    Que a “perigosa pirotecnia” foram foguetes lançados para o ar que se esfumam e esfumaram no ar (ao contrário de tochas que caem no chão, ficam a arder e podem atingir alguém)

    Um adepto de canadianas (seguramente, um “terrorista” ou um criminoso pirotécnico) a ser arrastado por um grunho de farda, sem mais ninguém à volta dele

    2. O motivo da carga policial:
    Uma tarja que incomodava o “beneficiário” de Alcochete… colocada por uma claque que não se verga à recente tentativa de suborno do “golpista”

    3. Quem ordenou a carga policial:
    O “incomodado golpista”

    4. Por que motivo não há cargas destas em estádios (como na Luz ou Dragão) onde também se usam tochas e outros artefactos do género mais perigosos que os usados neste jogo

    Dito isto: o lema da campanha do golpista, “Unir o Sporting”, faz cada vez “mais sentido”, até porque as assistências em Alvalade não eram tão baixas desde o tempo do rapaz dos paquetes…

    Que haja “estristes” a aplaudir na central só revela o que já toda a gente sabe: quem se deixa manipular por cm’s tv’s sobre Alcochete e aplaude o “estriste” que está a levar o clube à falência, enquanto compra vivendas de 1M de euros, à custa de percentagens de negócios com o cancerígeno mendes, também aplaude, logicamente, cargas policiais sobre adeptos do seu próprio clube (aqueles sem os quais, o Sporting teria ZERO apoio nas deslocações a outros estádios e pavilhões).

    A “elite” e os “estristes” disfarçados de “gente de bem” julgam que vão ter um clube só para eles, mas enquanto não perceberem que o clube não é o quintal deles, NUNCA haverá paz nem união. NUNCA!

    • Ter um clube só para eles não é o objetivo dos aprendizes de nazis que são a vanguarda da Juve Leo? Fico pelo “soft””aprendizes”, por respeito ao ZAP. não tenho qualquer dúvida sobre a ideologia de um grupo que tem como líder um cadastrado reincidente. Vale tudo para esta gente, o insulto e a calúnia soez, esquecendo o essencial, Varandas foi eleito por milhares de sportinguistas, é um presidente legítimo, sufragado, ao contrário do grupo de marginais que o caro integra e que NUNCA mudarão. E que fique sem dúvidas, sou SLB, tenho uma posição muito crítica sobre a claque do clube, mas não tenho vergonha de os ter como companheiros de Estádio, são benfiquistas que sabem que a maioria tolera os seus exageros, mas não admite que ataquem o clube dentro das instalações que pertencem a TODOS. E muito menos que as vandalizem. Mesmo quando contestatários fazem pinchagens contra isto ou aquilo, têm o cuidado de usar muros exteriores ao Estádio, Topa a diferença? Para o sossegar digo-lhe que não gosto de Varandas, tem contas a prestar ao SLB por todas as javardices que disse no auge do ataque dos e-mails.

      • Pois eu, vou um pouco mais longe e acho que as claques, se querem os apoios do Benfica, espaço e bilhetes mais baratos … em alguns casos gratuitos, então deveriam ser parte integrante do clube e o clube responsável pelas mesmas.

        Deveriam ter um estatuto no clube, todos os seus membros identificados, lugares fixos e associados a cada elemento, regras, direitos, deveres e um código ético a seguir.

        As regras, direitos, deveres e o código ético deveria ser aprovados em assembleia para garantir a total democracia e responsabilização de todos os sócios e clube pelo funcionamento da claque.

        Quem não gostasse que se marchasse, porque o que se vê das claques (todas) é cada vez mais violência ás entradas e imediações do estádio e o desporto deve e tem de ser o oposto.
        Eu como adepto do Benfica tenho o direito de ir suportar a minha equipa nas casas dos adversários sem ter em risco a minha segurança física, assim como aqueles que visitam o nosso estádio que fez ontem anos.

        … e sim, acho que se o Benfica der o exemplo os outros seguem, afinal de contas, somos o maior clube de Portugal e um exemplo que todos seguem … por isso nos odeiam 😉

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