Calor e falhas nos cuidados de saúde causam pico de mortes na primeira quinzena de julho

Hugo Delgado / Lusa

A primeira quinzena de julho registou um aumento da mortalidade de 17%, quando comparado com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o Jornal de Notícias, entre os dias 1 e 15 de julho, morreram 4721 pessoas em Portugal, mais 673 óbitos do que em igual período de 2019.

Segundo o diário, este aumento de 17% pode ser explicado pelas altas temperaturas e um menor acesso dos doentes crónicos aos cuidados de saúde nos últimos meses por causa da covid-19.

“As temperaturas muito elevadas, tal como acontece em momentos de muito frio, descompensam as doenças crónicas”, explicou ao JN Jorge Almeida, diretor do serviço de Medicina Interna do Hospital de S. João.

O responsável destaca também a “fuga dos cuidados de saúde” motivada pelo “pânico” causado pelo novo coronavírus.

O matutino recorda que desde 2013 que não se registavam tantas mortes em Portugal na primeira quinzena de julho. Nesse ano, morreram no mesmo período 5221 pessoas.

O calor extremo, que se irá fazer sentir até domingo, irá provocar temperaturas a rondar os 40ºC em algumas zonas do país. A Direção-Geral da Saúde (DGS) deixou uma lista de recomendações para que as pessoas se mantenham hidratadas e frescas.

ZAP //

 

 

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