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OCDE prevê que PIB irá crescer 3,7% em 2021 (e alerta para onda de falências)

O Produto Interno Bruto português vai crescer 3,7% em 2021, menos do que os 4% previstos pelo ministério das Finanças.

A previsão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que no relatório de perspetivas económicas escreve que o consumo vai acelerar à medida que a situação sanitária melhora, escreve a TSF.

No que diz respeito ao défice, a estimativa da OCDE é mais pessimista que a do governo, pois aponta para um saldo negativo de 4,8% do PIB neste ano e 3,4 no próximo. Por sua vez, o ministério das Finanças projeta 4,5% e 3,2% respetivamente.

Os economistas da OCDE preveem que os fundos europeus vão apoiar o investimento e as exportações mas alerta que o turismo vai recuperar de forma gradual, até que a pandemia esteja totalmente controlada.

A organização entende que a política orçamental deve permanecer expansionista até que a recuperação seja firme, mas “o apoio financeiro deve ser direcionado às empresas em dificuldades que ainda têm perspetivas viáveis”.

Contudo, a OCDE frisa que o crescimento vai acelerar à medida que a pandemia for contida: “à medida que a vacinação acelera e o apoio da União Europeia começa a ser implementado, o crescimento do PIB deverá atingir 4,9% em 2022”, o mesmo valor previsto pelo executivo.

A instituição sublinha ainda que os serviços públicos terão um papel central no “apoio na procura de emprego e formação”, relembrando que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “inclui 13,9 mil milhões de euros em subvenções para o período 2021-2026 e irá ganhar ímpeto no final de 2021, empurrando o investimento público para 3% do PIB em 2022 (de cerca de 2% em 2020)”.

Os especialistas alertam que “a elevada dívida pública exige prudência orçamental”, os especialistas afirmam que “Portugal deve aproveitar a oportunidade do Plano de Recuperação e Resiliência para implementar reformas estruturais para um crescimento mais forte, mais verde e inclusivo”.

Por outro lado, a OCDE alerta que o fim das moratórias pode trazer “uma onda de falências de empresas, que pode pesar sobre o investimento e a oferta de crédito, aumentando o nível de crédito malparado, que já é elevado para os padrões internacionais”.

ZAP //

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