A Casa Branca deu um ultimato às petrolíferas Repsol (Espanha), ENI (Itália) e Reliance (Índia), indicando que ou deixam de extrair petróleo em território venezuelano ou serão penalizadas com “sanções devastadoras”.
Segundo avançou esta terça-feira o Expresso, o aviso foi feito por Mauricio Claver-Carona, o responsável da política dos Estados Unidos (EUA) para a América Latina, numa entrevista ao canal internacional NTN24.
“Não houve qualquer exceção, nem para a Chevron [segunda maior petrolífera dos EUA, que deixou de operar na Venezuela] nem para nenhuma empresa do mundo”, disse Claver-Carona. “Prometemos que não haverá exceções às sanções que podemos impor relativamente ao transporte e aos negócios com o regime de Nicolás Maduro. Queremos deixar isso muito claro”, sublinhou.
Exemplificando com o aconteceu com a Rosneft Trading – uma das maiores petrolíferas do mundo e cujo maior acionista é o Governo russo -, Claver-Carona frisou que “obviamente” as sanções à Repsol, ENI e Reliance seriam “devastadoras”. “Não queremos que aconteçam”, apontou ainda o responsável.
Em fevereiro, os EUA sancionaram a Rosneft Trading, seguindo-se a TNK, sua subsidiária. Entretanto, a chinesa Sinochem anunciou que deixava de comprar à empresa russa. Este fim de semana, a Rosneft vendeu os seus negócios à empresa estatal russa Roszarubzhneft, para escapar às sanções norte-americanas.
A Reuters revelou que os petroleiros ao largo da costa da Venezuela deixaram a região.