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Quer viver até aos 100 anos? Ter a atitude certa pode ajudar

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Um novo estudo concluiu que pessoas otimistas tem tendência a viver mais tempo do que aquelas que têm uma visão menos cor-de-rosa do mundo.

De acordo com o Live Science, os investigadores analisaram, durante 10 a 30 anos, 69 mil profissionais de saúde do sexo feminino, com idades entre os 58 e os 86 anos, e mais de 1.400 veteranos do sexo masculino, com idades entre os 41 e os 90.

No início do estudo, os participantes, que viviam todos nos Estados Unidos, responderam a questões para avaliar quão otimistas eram. As conclusões da pesquisa mostram que os voluntários que reportaram maiores níveis de otimismo tinham mais 50% a 70% de probabilidade de viver até ou depois dos 85 anos, comparando com aqueles que mostraram níveis mais baixos de otimismo.

Além disso, as pessoas mais otimistas tinham períodos de vida que eram em média de 11% a 15% mais longos do que as pessoas menos otimistas.

Os resultados foram semelhantes, mesmo quando os investigadores tiveram em conta fatores que poderiam afetar essa ligação, incluindo problemas de saúde, como doenças cardíacas ou cancro, ou depressão.

Estudos anteriores já tinham demonstrado que pessoas mais otimistas têm menor risco de desenvolver doenças crónicas e menor risco de morte prematura.

Os investigadores destacaram, porém, que a ligação encontrada no novo estudo não foi tão forte quando tiveram em conta certos comportamentos, incluindo fumar, beber álcool, quantidade de exercício físico e o tipo de dieta alimentar.

Noutras palavras, “o otimismo pode fomentar hábitos de promoção da saúde e reforçar a resistência a impulsos doentios”, escreveram os autores da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston no estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Ainda assim, o estudo encontrou apenas uma associação e não pode provar com certeza que o otimismo causa uma vida mais longa. Os autores observam que a investigação incluiu sobretudo pessoas caucasianas com um alto nível socioeconómico, e por isso não está claro como os resultados se aplicam noutras populações.

Além disso, o estudo não foi capaz de ter em conta todos os fatores que poderiam afetar o nível de otimismo de uma pessoa, como a perda de um emprego ou de um ente querido, o que também pode afetar os resultados.

No entanto, se os resultados se confirmarem, o estudo sugere que o otimismo pode servir como um atributo psicológico que “promove a saúde e a longevidade”, escreveram os autores no artigo científico.

ZAP //

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