Há pessoas que nunca esquecem os rostos de outras com as quais se cruzam. Os ‘super-recognizers’ – “super-reconhecedores”, em tradução livre – constituem apenas 2% da população e só precisam de um momento ou dois para associar uma nova face à memória.
Como notou o Study Finds, alguns são conhecidos por contribuir com departamentos da polícia e agências de segurança para identificar suspeitos, enquanto outros trabalham como detetives privados e investigadores não-oficiais.
A comunidade científica acredita que os ‘super-recognizers’ lembram-se dos rostos devido ao seu processamento holístico, tirando uma fotografia facial e memorizando-a. Mas uma pesquisa de 2021, publicada na Psychological Science, apontou para uma nova perspetiva.
Um grupo de investigadores da Universidade de Nova Gales do Sul e da Universidade de Wollongong, ambas na Austrália, provou que os ‘super-recognizers’ olham para rostos da mesma forma que qualquer outra pessoa – mas fazem-no mais rapidamente e de uma forma mais precisa.
Segundo James Dunn, investigador e autor principal do estudo, quando um super-reconhecedor vê um novo rosto, divide-o em partes e depois armazena cada componente no cérebro.
“São ainda capazes de reconhecer rostos melhor do que outros mesmo quando só conseguem ver regiões menores de cada vez. Isto sugere que podem juntar uma impressão global de pedaços menores, em vez de uma impressão holística tirada num único relance”, indicou o especialista em comunicado.
Sebastien Miellet, coautor do estudo e investigador da Universidade de Wollongong, utilizou a tecnologia de rastreio ocular para investigar e analisar a forma como os super-reconhecedores veem e processam os rostos, tanto como um todo como divididos em partes.
“Com muita precisão, podemos ver não só onde as pessoas olham, mas também que pedaços de informação visual utilizam”, disse Miellet.
Ao estudar os padrões de processamento visual dos ‘super-recognizers’, os investigadores descobriram que, ao contrário dos reconhecedores típicos, os super-reconhecedores concentram-se menos na região dos olhos e distribuem o seu olhar de forma mais uniforme.
Isso ajuda-os a recolher mais informação visual de outras características faciais, especialmente quando olham para um novo rosto.
“A vantagem dos super-reconhecedores é a sua capacidade de captar informação visual altamente distinta e juntar todas as peças de um rosto como um puzzle, de forma rápida e precisa”, comentou Miellet.
Miellet afirmou ainda que as capacidades dos ‘super-recognizers’ podem derivar de uma curiosidade e interesse comportamental diferenciados por outras pessoas. Podem também ser mais empáticos que a maioria das pessoas.
Bom dia cara Equipa ZAP.
Curioso… sempre tive esta característica desde tenra idade, ou seja NUNCA esqueço uma cara.
O problema é cada vez mais lembrar-me de onde ou em q/circunstâncias conheço essa pessoa, ou já a vi, ou falei c/ela(e).
Confesso q/chega a ser profundamente irritante, pois quando digo: “conheço esta cara de qualquer lado” OU “esta pessoa não me é estranha”, toda a gente me diz: “tu achas que conheces toda a gente!”
Espero fazer 50 anos em Set’23 e ainda há dias me cruzei c/uma senhora q/me intrigou de tal forma q/lhe perguntei educadamente e c/algum receio se não se importava de me dizer se tinha feito a escola primária em determinado local; olhou-me atentamente e “SIM” – respondeu. Geralmente, MARIA JOÃO só havia uma e lembrou-se também! Foi verdadeiramente emocinante encontrar alguém c/quem fiz os 4 anos da escola primária e já não via há 41 anos! 🙂
Boas entradas e FELIZ 2023 p/todos, com muita Saúde, Paz e Amor ao Próximo.
Cara leitora,
Agradecemos e retribuimos votos de Boas Festas e feliz ano novo.