Mais de um milhão de pessoas vive em casas sobrelotadas em Portugal

A população que vive em casas sobrelotadas em Portugal ultrapassou um milhão (1 096 549) em 2021, o valor mais elevado dos últimos três anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, do INE, citado pelo Correio da Manhã, revelou que 10,6% das pessoas viviam em condições de insuficiência do espaço habitacional. A taxa de sobrelotação da habitação se situava nos 9,6% em 2018, 9,5% em 2019 e 9,0% em 2020.

“Em 2021, à semelhança dos anos anteriores, o risco de viver numa situação de insuficiência do espaço habitacional era mais significativo para a população em risco de pobreza: 18,8% da população em risco de pobreza estava em situação de sobrelotação habitacional, o que compara com 8,7% na restante população”, apontou.

Por outro lado, “a carga mediana das despesas em habitação, ou seja, a mediana da distribuição do rácio entre as despesas anuais com a habitação e o rendimento disponível do agregado, deduzindo as transferências sociais relativas à habitação em ambos os elementos da divisão, foi 10,5% em 2021, valor ligeiramente superior ao de 2020 (10,4%), mas inferior ao registado em 2018 (11,7%) e em 2019 (11,0%)”.

A taxa de sobrecarga das despesas em habitação foi de 5,9% no ano passado, registando um acréscimo de 1,8 pontos percentuais (p.p) em relação a 2020, altura em que foi registado 4,1%.

A sobrelotação aumentou na maioria das regiões – exceto no Algarve e Açores -, com o Norte a registar mais 2,4 p.p., o Centro mais 2,1 p.p e a Área Metropolitana de Lisboa mais 1,4 p.p.

Segundo os dados revelados pelo inquérito, 0,35 da população (0,6% em 2018) e 0,75 da população em risco de pobreza (1,5% em 2018) viviam sem banheira, duche e/ou retrete em casa.

ZAP //

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