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Artefacto revela que pessoas eram atiradas aos leões na Grã-Bretanha romana

Peter Paul Rubens / Wikimedia

“Daniel na Cova dos Leões”, por Peter Paul Rubens.

Um artefacto encontrado em Inglaterra revela que na Grã-Bretanha romana as pessoas eram atiradas aos leões como máxima punição.

Parte de uma fechadura de bronze do período romano foi descoberta em Leicester, em Inglaterra. O artefacto retrata um homem “bárbaro” a lutar contra um leão. Os investigadores sugerem que isto prova que no Império Romano pessoas problemáticas eram atiradas aos leões.

A outra parte da fechadura retratava quatro jovens nus a assistir, o que indica que a cena poderia ser uma execução pública. O facto de o homem ter cabelo comprido, uma barba espessa e estar sem camisola sugere que era um bárbaro.

“Quando encontrado pela primeira vez, parecia um objeto de bronze indistinguível, mas depois de limparmos cuidadosamente o solo, surpreendentemente, revelamos vários rostos pequenos a olharem para nós”, disse Gavin Speed, arqueólogo e coautor do artigo.

“Nunca nada parecido com isto foi descoberto em qualquer lugar do Império Romano”, acrescentou o investigador, citado pelo The Jerusalem Post.

Existem muitos casos documentados no Coliseu de criminosos e prisioneiros de guerra atirados a feras como forma de execução, mas esta é a primeira evidência de que tal prática espalhou-se até à Grã-Bretanha.

Obviamente não havia leões na Grã-Bretanha, o que obrigava o Império Romano a importá-los do Norte de África e da Mesopotâmia.

“Isto era um pouco pior do que ser condenado às minas, que é a outra maneira pela qual os prisioneiros muitas vezes encontravam o seu fim”, disse Nicholas Cooper, arqueólogo e coautor do artigo.

A fechadura encontrada vai ser exposta no Jewry Wall Museum, em Leicester, em 2023, após a conclusão do projeto de renovação, escreve o Ancient-Origins.

Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista científica Britannia.

Daniel Costa, ZAP //

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