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Peritos em armas químicas confirmam uso de cloro em ataque na Síria

Mohammed Badra / EPA

Testes da Organização para a Proibição das Armas Químicas revelam o uso de cloro em fevereiro no ataque contra a cidade síria de Saraqeb.

A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) confirmou, esta quarta-feira, que foi “provavelmente” usado cloro em fevereiro num ataque contra a cidade síria de Saraqeb, na província de Idleb.

Uma missão de inquérito da OPAQ concluiu que “foi libertado cloro de cilindros por impacto mecânico no bairro de Al Talil, em Saraqeb”, esclarece um comunicado da organização. Amostras recolhidas na região revelam também “uma presença pouco habitual de cloro no ambiente local”, precisou a agência.

O organismo recordou que a missão da OPAQ é determinar “se foram usadas armas químicas”, mas as suas tarefas não incluem “identificar quem é o responsável” pelos supostos ataques.

Os peritos estão em território sírio desde o início de abril para averiguar o alegado ataque de armas químicas que a 7 de abril provocou mais de 40 mortos e 500 feridos em Douma, mas ainda não divulgou qualquer relatório.

Onze pessoas foram assistidas a 4 de fevereiro por dificuldades respiratórias na cidade de Saraqeb, anunciou então o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

O líder da OPAQ, Ahmet Uzumcu, condenou “a utilização de produtos químicos tóxicos enquanto armas por quem quer que seja, seja por que razão for, e sejam quais forem as circunstâncias”.

Em resposta a este alegado ataque químico por parte do Governo de Bashar al-Assad, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram na madrugada de 14 de abril uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria.

Tanto o Governo sírio como a Rússia negam qualquer uso de armas químicas.

// Lusa

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