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Pereira Gomes renuncia ao cargo de secretário-geral das “secretas”

Paulo Vaz Henriques / portugal.gov.pt

O primeiro-ministro António Costa

O primeiro-ministro António Costa

O embaixador José Júlio Pereira Gomes comunicou, esta quarta-feira, ao primeiro-ministro a sua indisponibilidade para aceitar o cargo de secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).

“Importando salvaguardar a dignidade do cargo de secretário-geral do SIRP de toda e qualquer polémica, que naturalmente se repercutiria negativamente no exercício das suas funções, resolvi comunicar a S. Exa. o primeiro-ministro a minha indisponibilidade para aceitar o cargo para que me havia convidado, agradecendo-lhe a confiança em mim depositada”, lê-se na carta hoje enviada por José Júlio Pereira Gomes a António Costa.

Por sua vez, o primeiro-ministro manifestou o seu respeito pela forma “digna” como o embaixador decidiu renunciar ao cargo e defendeu o seu comportamento em Timor-Leste. Em comunicado, Costa elogiou também “o sentido de Estado” dos partidos da oposição neste caso, destacando o presidente do PSD, Passos Coelho.

Entretanto, a deputada e vice-presidente do PSD Teresa Morais falhou os dois terços necessários para ser eleita para o Conselho de Fiscalização dos Serviços de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), conseguindo 112 votos em 212 votantes.

Segundo disse à agência Lusa o secretário da mesa, o social-democrata Duarte Pacheco, registaram-se 75 votos em branco e 25 nulos.

A deputada conseguiu mais votos do que a totalidade das bancadas do PSD (89) e CDS-PP (18), que somariam apenas 107 votos, se todos tiverem votado.

A eleição para o CFSIRP exige uma maioria de dois terços dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções. Neste caso, tendo votado 212 teriam sido necessários 142 votos para conseguir os dois terços.

O PS manifestou a sua oposição à escolha de Teresa Morais antes até da formalização da sua candidatura por parte do PSD, tendo a própria admitido, na terça-feira, que a sua eleição seria difícil.

ZAP // Lusa

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