Peregrinos em Meca proibidos de tocar ou beijar a Caaba por causa da covid-19

Os muçulmanos que vão participar na peregrinação a Meca não poderão tocar ou beijar a Caaba nem a “pedra negra”, presentes na Grande Mesquita, local considerado como um dos mais sagrados pelo Islão, informaram as autoridades da Arábia Saudita.

Além de evitar tocar ou beijar a Caaba – construção em forma de cubo que tem incrustada a “pedra negra”, que os muçulmanos consideram um pedaço retirado do paraíso -, os peregrinos encontrarão cercas e barreiras de segurança, de acordo com a agência de notícias SPA, citada pela agência Lusa.

Com essas medidas, o Centro Saudita de Controlo e Prevenção de Doenças tentará impedir que as pessoas se aproximem do local e mantenham uma distância de segurança de pelo menos um metro e meio enquanto circulam ao redor do cubo.

Também haverá postos de controlo em todas as entradas de Meca, incluindo nas paragens de autocarros e no pátio da mesquita, para medir a temperatura de todos os fiéis, que também precisam usar máscara durante o ritual.

Os “casos suspeitos” de covid-19 devem passar por uma avaliação médica antes que possam fazer a peregrinação, embora possam fazê-lo em grupos especiais. As autoridades também permitirão orações em grupo, sob rigorosas medidas preventivas, mas removerão todos os tapetes da Grande Mesquita de Meca para que cada fiel use o seu próprio tapete.

O governo da Arábia Saudita anunciou em 22 de junho que este ano apenas um número limitado de residentes do país poderá fazer a peregrinação a Meca, para que “o ritual seja seguro” e “cumpra as medidas preventivas”, pelo que os estrangeiros não poderão viajar para o país.

As autoridades sauditas estimam em “milhares” o número de peregrinos que irão a Meca para o “haje” – peregrinação a Meca, considerada como um dos cinco pilares do islamismo -, em comparação com quase 2,5 milhões que o fizeram no ano passado.

A Arábia Saudita tem mais de 209 mil casos registados e ainda mais de 1.900 óbitos causados pela covid-19. A pandemia já provocou mais de 531 mil mortos e infetou mais de 11,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

// Lusa

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