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Há uma pequena galáxia a orbitar a Via Láctea (e ninguém sabe como foi lá parar)

ESO/R. Schoedel / wikimedia

O centro da Via Láctea

Segue 1 é o nome da pequena galáxia que orbita muito perto da Via Láctea. O corpo celeste é fraco e de pequenas dimensões, tendo surpreendidos os cientistas – pois ninguém sabe ao certo como foi lá parar.

Um grupo de astrónomos dos Estados Unidos e da Espanha explicaram a origem da Segue 1, considerando-a uma galáxia anã esferoidal ou um aglomerado globular.

De acordo com a descoberta, publicada a 25 de junho no The Astrophysical Journal, é mais provável que a Segue 1 seja uma galáxia que foi capturada pela gravidade da Via Láctea há 8 mil milhões de anos.

A Segue 1 pode corresponder a um satélite opaco da nossa galáxia que tem uma luminosidade inferior a 300 sóis – o que é pouco para um aglomerado globular.

A galáxia é composta por estrelas velhas escassas em metal, o que pode significar que tenha surgido no Universo jovem, ou seja, quando a primeira ou segunda geração de estrelas ainda não tinham se tornado supernovas, sintetizando e proliferando elementos pesados.

Os astrónomos calcularam a trajetória da Segue 1 e descobriram que pequena galáxia orbita a Via Láctea a cada 600 milhões de anos, como uma galáxia anã.

De acordo com a teoria mais aceitável sobre o seu aparecimento, com 75% de probabilidade, Segue 1 terá sido capturada pela nossa galáxia há oito mil milhões de anos de anos. A outra opção sugere que a galáxia seja o maior satélite a colidir com a Via Láctea, com 25% de probabilidade de estar correta.

Observações e análise futuras poderão ajudar a caracterizar esta pequena galáxia com mais clareza e precisão. Até lá, a Segue 1 será o nosso (incrivelmente estranho) vizinho galático.

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