O Ministério Público pediu, esta quinta-feira, a condenação dos arguidos Orlando Figueira e Paulo Amaral Blanco, no âmbito da Operação Fizz, a penas de prisão suspensas na sua execução.
No primeiro dia das alegações finais do julgamento, a procuradora Leonor Machado pediu a condenação do ex-procurador do Ministério Público Orlando Figueira pelo crime de corrupção passiva para ato ilícito e branqueamento de capitais, mas com uma pena não superior a cinco anos e suspensa.
Quanto ao advogado Paulo Amaral Blanco, o Ministério Público pediu que fosse condenado por corrupção ativa, mas também com uma pena suspensa.
Sobre o empresário Armindo Pires, a procuradora pediu ao coletivo de juízes que decidam de acordo com o melhor critério, considerando, contudo, que não há factos que comprovem que o arguido cometeu um crime de corrupção.
O ex-procurador do MP, o advogado e o empresário Armindo Pires são os três arguidos de um caso que chegou a ter também o antigo vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, mas cujo processo vai ser entregue às autoridades angolanas.
A Operação Fizz, cujo julgamento teve início no dia 22 de janeiro, assenta na acusação de que Orlando Figueira recebeu 760 mil euros para arquivar processos no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), um deles o caso da empresa Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril em 2008.
// Lusa