Pelo menos 44 mortos após passagem do tufão Lekima na China. Há 16 desaparecidos

Ritchie B. Tongo / EPA

O número de vítimas mortais causado pelo tufão Lekima, no leste da China, subiu para 44, informou nesta segunda-feira a imprensa estatal chinesa. As equipas de resgate continuam a procurar de pelo menos 16 pessoas.

O nono e mais forte tufão do ano afetou 6,68 milhões de habitantes na província de Zhejiang, leste da China, sendo que mais de um milhão de pessoas tiveram de ser retiradas. As chuvas torrenciais e ventos fortes danificaram ainda 234 mil hectares de plantações, causando danos económicos diretos de 24 mil milhões de yuans (três mil milhões de euros).

O Lekima atingiu na madrugada de sábado a cidade de Wenling, em Zhejiang, e no mesmo dia, à noite, chegou a Qingdao, em Shandong. Nesta província, cinco pessoas morreram e sete desapareceram, enquanto 1,66 milhão foram afetadas, entre as quais 183.800 tiveram de ser realojadas, informaram as autoridades.

Na sexta-feira, a China emitiu um alerta vermelho para as áreas costeiras da província de Zhejiang, dada a previsão de ventos e chuvas fortes. Trata-se do nível mais alto dos quatro níveis do sistema de alertas, levando as autoridades a preparar evacuações, a suspender ligações ferroviárias ao aeroporto internacional de Pudong, em Xangai, cancelando mais de 2000 ligações aéreas, e a exigir o regresso de embarcações aos portos.

As autoridades chinesas disseram também prever uma intensa tempestade no estuário do rio Yangtze, o mais longo da dia, que poderá desencadear inundações.

Em setembro de 2018, o tufão Mangkut, que atingiu a China com ventos superiores a 170 quilómetros por hora, foi catalogado pela Organização Meteorológica Mundial como a mais poderosa tempestade desse ano. Na altura, os ventos fortes obrigaram à retirada de mais de dois milhões de pessoas e deixaram um rasto de destruição e morte nas Filipinas, Hong Kong, Macau e nas províncias chinesas de Cantão e Fujian.

As autoridades emitiram ainda um aviso para sete províncias, incluindo Zhejiang, Fujian, Jiangsu, e o município de Xangai, para que ativem sistemas de emergência.

Na quinta-feira, a passagem do Lekima pelo nordeste de Taiwan obrigou ao encerramento de empresas e escolas. O tufão em causa é o mais forte desde 2014.

ZAP // Lusa

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