A General Motors nomeou Mary Barra para suceder a Dan Akerson na presidência, tornando-a na primeira mulher presidente executiva na indústria automóvel mundial, noticiou hoje a agência financeira Bloomberg.
Dan Akerson, presidente executivo desde 2010, atingiu os 65 anos em Outubro e a sua mulher foi diagnosticada com um estado avançado de cancro, razão pela qual o executivo abandona as suas funções a 15 de Janeiro do próximo ano, refere a GM num comunicado.
O grupo automóvel nomeou ainda Tim Solso para presidente do Conselho de Administração.
Mary Barra, 51 anos, que iniciou a sua carreira há mais de 30 anos no chão de fábrica como estagiária, foi responsável pela qualidade e desenvolvimento de produtos de todos os automóveis e camiões da GM durante 22 meses, promovendo a colaboração e diminuindo os custos da cadeia de fornecedores
Barra assume as rédeas da GM depois de o Governo norte-americano ter vendido a sua participação na empresa, dando-lhe liberdade para concorrer com os fabricantes domésticos e japoneses, onde o preço competitivo ameaça os lucros.
Enquanto presidente executiva de um fabricante global de automóveis, Mary Barra junta-se a Ginni Rometty na IBM, Indra Nooyi na PepsiCo, Marissa Mayer na Yahoo!, Meg Whitman na HP e Ursula Burns na Xerox entre as mulheres que alcançaram o topo das maiores empresas norte-americanas.
Barra começou a trabalhar na GM em 1980 enquanto estudante no Instituto General Motors, mais tarde renomeado Universidade Kettering, em Flint, no Michigan.
Conseguiu o seu primeiro emprego como engenheira na divisão Pontiac, na qual o seu pai trabalhou durante 39 anos.
“Era um ambiente duro”, disse Mary Barra numa entrevista em Março, referindo que isso a tornou “mais forte”, segundo a Bloomberg.
A sua janela de oportunidades surgiu quando a GM a colocou num programa para trabalhadores com elevado potencial e lhe concedeu uma bolsa para obter um MBA. Posteriormente tornou-se assistente executiva do presidente executivo na altura, Jack Smith.
/Lusa