Pedro Nuno aponta as armas aos barões (e já percebeu quem é o seu futuro adversário)

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António Pedro Santos / Lusa

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, num comício na Casa do Campino

O secretário-geral do PS afirmou esta sexta feira que já percebeu que o ex-primeiro-ministro Passos Coelho será seu futuro adversário e pediu que “Deus nos livre” de o “número um” da AD por Santarém ser ministro da Agricultura.

Num comício que encheu o auditório do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, Pedro Nuno Santos criticou “os barões” que estão presentes nos comícios da Aliança Democrática (AD).

O líder do Partido Socialista visou em particular o antigo chefe de Governo e líder do PSD, Durão Barroso, a quem acusou de ter abandonado o país em 2004 para assumir em Bruxelas as funções de presidente da Comissão Europeia.

Esta sexta feira, Durão Barroso entrou sem “papas na língua”, na campanha da AD., com um discurso em que recordou quem trouxe a troika para Portugal, criticou os “falsos portugueses” que não se revêm no símbolo de do país e os meninos e meninas da cidade “que nunca viram uma vaca”.

“Desde logo, vamos começar por 2002, desde o ano em que Durão Barroso foi primeiro-ministro, para percebermos em que governos o país ficou mais pobre e em que governos se conseguiu reduzir a pobreza”, realçou o líder socialista.

Pedro Nuno Santos começou por se referir a quem o líder da AD tem convidado para falar nos seus comícios em campanha eleitoral. De acordo com o secretário-geral do PS, se o presidente do PSD, Luís Montenegro, se “gaba” da sua equipa, “então que assuma aquilo que cada um deles diz” nos comícios.

Num discurso em Faro, esta semana, Pedro Passos Coelho afirmou que sabia que “Montenegro não deixará de procurar o que lhe faltar para fazer o que é preciso”, afirmação controversa que foi entendida como uma referência a uma eventual negociação pós-eleitoral com o Chega para a formação de um governo de direita.

Quem convidou Pedro Passos Coelho para um comício não fomos nós e, obviamente, não podemos esquecer o que se passou no tempo em que governou. Não vou perder tempo. Já percebemos que será nosso futuro adversário”, declarou.

Antes, em declarações aos jornalistas na Covilhã, o secretário-geral do PS acusou a AD de ter negacionistas das alterações climáticas e de representar um projeto de regresso ao passado e de divisão entre os portugueses, referindo-se a declarações do cabeça de lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa.

O candidato do PSD, antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, considerou na quinta-feira que Portugal tem perdido investimento por “falsas razões climáticas” e avisou que há agricultores que já falam em organizar milícias armadas perante “os roubos nos campos”.

O caso do cabeça de lista da AD por Santarém, de acordo com o secretário-geral do PS, “não constituiu um caso isolado” nesta campanha eleitoral.

“Não podemos ignorar que do outro lado – o da AD – se apresenta um projeto que quer regressar ao passado e em cada dia de campanha nós vamos confirmando isso. É na campanha que os projetos e os candidatos se vão revelando”, defendeu o líder socialista.

37,5 horas para pais com filhos até aos três anos

O líder socialista prometeu que, se formar Governo, vai propor em concertação social a semana de trabalho de 37,5 horas para pais com filhos até aos três anos, medida para permitir um melhor acompanhamento das crianças.

“Queremos que os jovens pais possam acompanhar os seus filhos nos primeiros três anos de vida. Queremos que os jovens casais possam acompanhar o crescimento dos seus filhos. Temos uma economia que tem crescido”, alegou o secretário-geral do PS.

Ainda segundo Pedro Nuno Santos, um Governo socialista vai ter como objetivo “fazer chegar as creches gratuitas a todos os jovens casais”.

“Mas nós queremos mais: Queremos o pré-escolar universal e gratuito em Portugal. Esse é o nosso objetivo para que possam ver os seus filhos crescer com qualidade e com condições”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos falava num comício em Castelo Branco, numa intervenção em que também afirmou que quer reduzir os tempos de espera para consulta no Serviço Nacional de Saúde e melhorar o apoio médico aos jovens casais que querem ter mais filhos.

ZAP // Lusa

8 Comments

  1. Claro que sim, Pedro Nuno.
    Passos Coelho à espreita é o segredo mais mal guardado, que assoma à superfície ao mais leve agitar das águas turvas da direita.
    Confirmar as raízes desse segredo, só teria uma gostosa vantagem, descobrir-lhes a careca.
    A sorte deles é que vão ficar apeados, de novo, e o assunto fica por aí.
    Lá teremos, mais uma vez, que lhes aturar a azia, como bons samaritanos que somos. Hehehe!

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  2. Mas qual é o projeto deste fugitivo do governo Costa? Este papagaio radical, nota-se que anda completamente à deriva, como aliás é seu traço genético. Às vezes até dá vontade de rir pelas graçolas patéticas e pelo vazio de ideias deste rapazola e também pela mímica engraçada que o ajuda a falar muito com os braços. Um bobo circense que deixa um sentimento de comiseração.

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  3. É impressão minha ou este senhor fala a cantar, como se estivesse numa feira ou banca de peixe, a distribuir prendas.
    Éeee aos 500 mil euros…
    Não estamos a fazer campanha para a lista no liceu do PS, partido mais Corrupto e Aldabrão de Portugal.
    Se este senhor fosse eleito, tínhamos a Mariana Mortágua como ministra da propaganda… e a semana de trabalho passava a ser irmos todos para Bruxelas de mão estendida, à sexta, e o resto da semana para descansar.

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  4. Este rapaz tem todo o estilo de vendedor de guarda-chuvas na feira. É o verdadeiro estilo de propagandista. Gente desta são puros mentirosos e aldrabões.

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  5. De novo, apelo à história da raposa e das uvas.
    As uvas, são boas. Estão maduras e doces. Apetecíveis.
    Mas falta à raposa, tamanho para as alcançar.
    Fingindo desinteresse e escondendo a fome, retira-se, exclamando com desdém: “estão verdes, não prestam”
    Pronto! É só encaixar nos vossos comentários.
    Divirtam-se.

  6. Fez bem trazer essa anologia: O PS é como a fábula, é invenção é mentira! Desgraçados que têm fugido todos por incompetência ou corrupção. O país sofre sempre do marasmo xuxa. Que destino cruel. Nos Açores, todavia, já começou o ajuste de contas.

  7. Continue a dormir, Ana Campos, que só lhe vai fazer bem.
    Amanhã, pela fresca, vai ver que acorda mais atinada na conversa.
    Se não, durma até ao final do próximo domingo, que é como quem diz, tenha quatro anos de sonhos e sono bem dormidos.

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