Passos e Portas anunciam coligação para as Legislativas

João Relvas / Lusa

Os presidentes do CDS-PP, Paulo Portas, e do PSD, Pedro Passos Coelho

Os presidentes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas, assinam este sábado um compromisso para uma coligação entre os dois partidos nas legislativas, que será levado aos respetivos órgãos partidários.

“Decidimos propor aos órgãos nacionais do PSD e do CDS a formação de uma aliança para as eleições legislativas de 2015, visando garantir que Portugal terá, nos próximos quatro anos, um Governo estável e maioritário”, refere uma declaração conjunta dos dois partidos, que foi distribuída aos jornalistas.

“O projecto de coligação contém um projecto de futuro. PSD e CDS foram chamados a governar com a casa a arder. Outros trouxeram a troika. A nós coube-nos o encargo de a fazer sair”, disse o presidente do CDS, Paulo Portas.

“Seria uma contradição se a coligação não estivesse unida e disponível para se renovar”, declarou o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho.

Após as declarações, os dois líderes partidários assinaram o acordo de princípio que oficializa a coligação eleitoral, numa sala de um hotel de cinco estrelas, em frente ao Tejo, no Parque das Nações, em Lisboa.

Acordo prevê listas com base nas últimas legislativas

O compromisso para uma coligação pré-eleitoral hoje assinado por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas prevê a elaboração de listas conjuntas com base nos resultados das últimas legislativas.

“A aliança que proporemos ao PSD e ao CDS envolve a constituição de listas eleitorais conjuntas. Serão baseadas na representação que os dois partidos obtiveram nas últimas eleições legislativas, cumprirão os preceitos legais de igualdade de género e terão espaço para que setores independentes e inovadores se juntem e contribuam para um projeto vencedor”, lê-se no documento.

Os presidentes dos dois partidos propõem declarar apoio a um candidato presidencial único.

‘A aliança incluirá o necessário diálogo para que, depois das eleições legislativas, apoiemos um candidato presidencial, tendo em atenção que as eleições presidenciais implicam decisões de vontade individual que não se esgotam nem dependem unicamente da esfera partidária’, consta do documento.

ZAP / Lusa