Passos Coelho garante que quer ficar fora da política

Rodrigo Antunes / Lusa

“Eu estou fora da atividade partidária e política e, assim, me tenciono manter”, disse o antigo primeiro-ministro esta quarta-feira — apesar de não ter dado diretamente um ‘não’ quando questionado sobre uma candidatura a Belém.

Numa altura em que o seu nome é apontado como potencial candidato à Presidência da República — aparece em segundo lugar, atrás do almirante Gouveia e Melo, nas preferências dos portugueses na mais recente sondagem da Intercampus — o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho garantiu esta quarta-feira estar — e querer continuar a estar — fora da atividade partidária e política.

“Eu estou fora da atividade partidária e política e, assim, me tenciono manter”, afirmou Passos Coelho à entrada para a FEP Global Summit – Cimeira Estudantil sobre Geopolítica em Portugal, no Porto.

Apesar da afirmação e da insistência dos jornalistas, o antigo presidente do PSD nunca chegou a rejeitar diretamente a candidatura a Belém, à qual é apontado há anos: disse apenas que era tudo o desejava dizer nesta altura.

E acrescentou: “Não quero fazer declarações políticas, se quisesse fazia, evidentemente”.

Passos Coelho já foi apontado, nas sondagens, como o favorito na corrida a Belém. Em 2023, surgia à frente de António Guterres entre os potenciais candidatos à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa.

Ainda sem candidatos, corrida já aquece

Apesar das presidenciais só estarem agendadas para janeiro de 2026, têm já vindo a ser apontados vários nomes de possíveis candidatos além de Passos, entre os quais o do almirante Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes, Augusto Santos Silva, António José Seguro ou Mário Centeno.

Contudo, ainda ninguém oficializou a sua candidatura à Presidência da República.

Na sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, publicada na segunda-feira, o almirante Gouveia e Melo é o mais bem posicionado para concorrer à Presidência da República, estando quase 10 pontos à frente de Passos Coelho, que se encontra, no entanto, à frente de Marques Mendes.

O grande derrotado da sondagem foi Pedro Santana Lopes, nome também várias vezes apontado à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa: é a 12.ª preferência dos inquiridos num total de 13 opções, ficando apenas à frente do líder comunista Paulo Raimundo.