O passarinho azul voou, foi substituído por um X e a Indonésia bloqueou-o

Elon Musk / Twitter

Novo logotipo X no edifício do Twitter

O rebranding do Twitter encontrou um grande obstáculo na Indonésia. O site X.com foi bloqueado pelas restrições do país a pornografia e jogos online de azar.

Foi no passado fim-de-semana que Elon Musk apanhou o mundo de surpresa ao anunciar a eliminação do icónico passarinho azul do Twitter, tendo substituído o símbolo e o nome da plataforma por um “X”.

Em abril deste ano, o empresário mudou o nome da empresa para “X Corp” e, desde então, tem falado regularmente sobre transformar a rede social numa aplicação multifacetada, com serviços financeiros, à semelhança do WeChat na China.

O primeiro passo aconteceu muito subtilmente, com Musk a desafiar, de forma divertida, os utilizadores da rede social. “Se um logótipo X suficientemente bom for publicado hoje à noite [sábado], vamos colocá-lo no mundo inteiro amanhã [domingo]”, escreveu.

E assim foi. Respondendo a um utilizador, que questionou se o Twitter seria acessível a partir do endereço x.com, Musk respondeu: “Claro”.

X.com era o nome e o site do banco online fundado pelo empresário que, mais tarde, se tornou o serviço de pagamento online PayPal. Contudo, o ícone “X”, assim como o endereço, estão historicamente associados a conteúdos pornográficos nas redes sociais.

Por esse motivo, a plataforma acabou por ser bloqueada na Indonésia, um país que possui várias restrições relativamente a conteúdos sexuais e jogos de azar.

O diretor-geral para as Comunicações e Informática, Usman Kansong, afirmou que o acesso à “X” foi restringido uma vez que o domínio havia sido usado anteriormente por sites que não aderiam às leis do país que baniam este tipo de conteúdo.

Em declarações à Al Jazeera, o responsável afirmou estar em contacto com a plataforma para clarificar a natureza desta rede social. “Falamos com os representantes da plataforma que nos enviarão uma carta a declarar que o X.com será usado pelo Twitter.”

Ainda assim, cerca de 24 milhões de pessoas na Indonésia ficaram impedidas de aceder à rede social.

ZAP //

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