Passaporte Digital do Produto passa a ser obrigatório em 2026. O que têm de fazer as empresas?

CIRPASS Project EU

É já a partir do próximo ano que as empresas vão ter de colocar um código QR nos produtos. O objetivo? Dar a conhecer a origem, o local de venda e o destino dos bens fabricados na União Europeia.

A legislação europeia passa a obrigar todas as empresas produtoras de bens da UE a sinalizar todos os produtos com um Passaporte Digital do Produto (PDP) em 2026.

De acordo com o site da medida, o PDP funciona através de um identificador digital único a cada produto, que pode ser acedido através de um código QR ou de tecnologias similares.

Segundo diz à Executive Digest João Pedro Pinto, partner da Aliados Consulting, entidade promotora do projeto, “esta plataforma é uma oportunidade única para as empresas experimentarem soluções que as colocarão na linha da frente da sustentabilidade e inovação. A transição não é uma opção, é um requisito para competir no mercado europeu”.

Mas o que é, ao certo, o PDP?

É um QR code ligado a uma base de dados que pode ser digitalizado e que vai conter as informações essenciais do produto, tais como a origem dos materiais/componentes utilizados no seu fabrico, detalhes sobre o processo de produção e cadeia de abastecimento, indicações sobre a reciclagem do produto e instruções de uso.

O objetivo é prolongar a vida do produto, promovendo a sustentabilidade, mas não só.

O PDP vem conferir transparência às cadeias de valor. Através disso, a forma como interagimos e compramos os produtos está prestes a mudar por completo. Por isso, preparar as empresas é agora mais importante que nunca”, disse Henrique Pires, Subdirector do ISAG, numa iniciativa que explicava a importância do produto em dezembro, citado pelo Público.

Realçou que esta etiqueta digital vai “permitir às autoridades competentes verificar o cumprimento das obrigações legais por parte das empresas” no que toca à produção e distribuição dos produtos.

De acrodo com o site da iniciativa, a preparação por parte das empresas terá de envolver não só a adaptação de processos internos e sistemas de TI, mas também a colaboração entre diferentes elementos na cadeia de valor têxtil, desde a matéria-prima até o produto final.

Mais de 30 pequenas e médias empresas (PMEs) já estão fazer testes no GreenTech Lab, plataforma que permite a validação de produtos e processos e que pretende garantir conformidade com as novas regras da União Europeia. “O GreenTech Lab contemplará a infraestrutura virtual necessária ao processo de digitalização”, promete o site do governo.

ZAP //

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