O líder dos cristãos ortodoxos orientais defende que, a partir deste ano, a data deveria ser comum. Sempre.
Ano após ano, a grande maioria de nós precisa de olhar para o calendário para perceber quando é a Páscoa (entre outros feriados).
“Nós” pode ser sobre os países onde se celebra a Páscoa seguindo a Igreja Católica Apostólica Romana, como pode ser sobre os países onde reina a Igreja Ortodoxa. Porque a data varia nos dois casos.
A data da Páscoa é calculada com uma base astronómica: é sempre o primeiro domingo após a primeira lua cheia da Primavera.
É uma tradição que remonta ao século IV, lembra a Agência Ecclesia. Esta regra foi estabelecida há muito tempo: no Concílio de Niceia, no ano 325. O primeiro domingo depois da lua cheia do equinócio da Primavera é sempre entre 22 de Março e 25 de Abril. O calendário gregoriano é a base destas contas, na maioria dos países.
Mas a partir do século XVI, houve uma reforma no calendário realizada pela Igreja Católica Romana – mas que a Igreja Ortodoxa não seguiu.
A Igreja Ortodoxa usa o calendário juliano (mais antigo), enquanto as igrejas ocidentais usam o calendário gregoriano (mais preciso e moderno).
Neste caso, entre os ortodoxos, a Páscoa pode ser em qualquer data entre 4 de Abril e 8 de Maio.
Por coincidências de calendários, em 2025 a Páscoa será celebrada no próximo domingo, 20 de Abril. Por católicos romanos e por ortodoxos.
O líder dos cristãos ortodoxos orientais, o patriarca Bartolomeu de Constantinopla, disse no ano passado que deveria fixar-se uma data comum a partir deste ano. O arcebispo ortodoxo Job Getcha de Telmessos concorda, cita o UOL.
O Papa Francisco não rejeitou a ideia. E sugeriu realizar um encontro ecuménico para celebrar o Concílio de Niceia e retomar uma data unificada para a celebração, lembra o TSN.
Esta coincidência tinha acontecido em 2017 pela última vez. Vai repetir-se em breve, daqui a três anos, em 2028. No próximo ano – e se nada mudar – a Páscoa será a 5 de Abril para Católicos Romanos e a 12 de Abril para Ortodoxos.
