A maioria dos partidos concorda com a extensão do funcionamento do Parlamento até 6 de dezembro, o prazo limite de dissolução da Assembleia da República.
“O PSD está completamente de acordo” com uma possível extensão dos trabalhos, disse ao Público Adão Silva, líder da bancada parlamentar social-democrata.
“Estamos confrontados com alguns imprevistos – ou podemos vir a estar – e continuar com a legislatura a funcionar é prudente”, afirmou, numa referência à eventual necessidade de os parlamentares aprovarem medidas contra a covid-19.
O Bloco de Esquerda também não se irá opor “a qualquer solução que prolongue os trabalhos”. Da mesma forma, o PCP não afasta um cenário de prolongamento, ainda que prefira apostar na melhoria da resposta na vacinação, sem “medidas avulsas”.
O PEV “não vê qualquer problema” em que a dissolução da Assembleia da República “aconteça na data limite possível legalmente”, dado que não altera a data das eleições.
Telmo Correia, do CDS-PP, disse que será “importante conhecer a fundamentação” da eventual proposta. Porém, à partida, “não terá a oposição de princípio” da bancada centrista.
A líder do PAN, Inês de Sousa Real, entende que “por uma questão de segurança jurídica, será ajuizado” que Marcelo Rebelo de Sousa “permita os trabalhos da Assembleia pelo menos por mais uma semana para poder perceber o evoluir desta situação”.
O Presidente da República admitiu, na semana passada, “levar ao limite o mandato da Assembleia da República” antes de concretizar a sua dissolução, de modo a que os deputados possam legislar sobre medidas de contenção da pandemia.
Esta terça-feira, no primeiro dia de audições que o Governo fará aos partidos, a disponibilidade dos mesmo será comunicada ao primeiro-ministro António Costa.