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Partículas quânticas podem ser a próxima arma contra superbactérias

prep4md / Flickr

De acordo com uma nova pesquisa da Universidade do Colorado, nos EUA, nanopartículas ativadas por luz, chamadas de pontos quânticos, podem baixar a guarda de bactérias, aumentando a eficácia dos antibióticos.

Os tratamentos antibióticos estão cada vez mais ameaçados por superbactérias resistentes, como E. coli e Salmonella, que tornam inúmeros medicamentos inúteis. Uma nova estratégia pode ajudar a mudar esse panorama.

Alguns agentes patogénicos estão a evoluir as suas defesas mais rapidamente do que os novos antibióticos são desenvolvidos. A Organização Mundial da Saúde já declarou o problema das superbactérias resistentes aos antibióticos uma “crise mundial”.

A ideia dos cientistas é usar a nano-engenharia de pontos quânticos, ativados pelos principais comprimentos de onda de luz, para “ajudar” os antibióticos.

Em vez de atacar bactérias infecciosas normalmente, os pontos emitem superóxido, uma substância química que interrompe os processos metabólicos e celulares das bactérias, o que pode deixá-las mais vulneráveis ao antibiótico original.

Os resultados mostraram que os pontos reduziram com sucesso a resistência antibiótica de infeções isoladas clínicas por um fator de 1.000, sem nenhum efeito colateral adverso.

“Estamos a pensar mais como a bactéria. Esta é uma estratégia inovadora que age contra a força normal da infeção e catalisa o antibiótico em vez disso“, disse Anushree Chatterjee, um dos autores do estudo.

Essas descobertas são significativas porque bactérias super-resistentes estão cada vez mais presentes nos hospitais, e estão apenas a uma mutação de explodir numa epidemia de escala incontestável.

Além disso, a tecnologia dos pontos quânticos também pode ser testada em métodos mais avançados contra uma ampla gama de infeções, com possíveis aplicações terapêuticas no horizonte. O estudo foi publicado na revista científica Science Advances.

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