(dr) CDC

parasita Cochliomyia hominivorax
A Cochliomyia hominivorax é perigosa: come vários animais vivos – e os humanos não escapam. Já houve relato de novo caso nos EUA, entretanto desmentido.
O nome original já diz ao que vem: Cochliomyia hominivorax significa que “come a humanidade”. É um parasita que come diversos animais vivos, como vaca, porco, veado, cão – e alguns humanos não escapam.
A infeção surge quando fica afetado o tecido ou a carne de animais de sangue quente; também afeta pessoas, apesar de serem casos mais raros. As larvas são atraídas e depositam os ovos em feridas abertas.
Roem a carne, transformando pequenos cortes em feridas grandes e que podem causar danos preocupantes.
70 anos depois de esta New World Screwworm terem sido um “alvo” de um ataque dos agricultores e do próprio Governo dos EUA (que conseguiu erradicar), surgiu um relato de que o problema tinha voltado ao país norte-americano. Nomeadamente ao Missouri.
Mas rapidamente o Departamento de Agricultura desmentiu essa informação, em comunicado enviado à RFD-TV, acrescentando que continua a trabalhar com parceiros internacionais para travar a incursão do parasita.
No entanto, o Cochliomyia hominivorax está mesmo a chegar aos EUA, avisa o The Atlantic.
Já houve casos no Panamá, em animais, que se têm acumulado ao longo dos últimos três anos. A larva já começou a viajar para Norte, tendo chegado à América Central. Está no México, tendo-se aproximado dos EUA.
Wayne Cockrell, agricultor no Texas (que tem fronteira com o México), tem a certeza de que o problema vai voltar. Não é “se”, é “quando”.
O programa nacional não consegue produzir moscas estéreis suficientes para travar o avanço do parasita, muito menos impedir de regressar ao Panamá.
E, do passado, ficaram histórias assustadoras: cada corte, cada arranhão, cada umbigo de um vitelo recém-nascido ameaçava tornar-se fatal há 70 anos, antes da erradicação.
Agora, o risco de propagação é mesmo real. Até porque, no Texas e no México, já fecharam as fábricas de produção de insetos machos estéreis – que lutam pelas fêmeas com outros machos, mas assim não reproduzem.
Se o parasita se voltar a espalhar pelos EUA, a sua “expulsão” pode demorar décadas. Uma nova fábrica, para ser criada, pode demorar anos – e os avanços deveriam começar já “amanhã”.
E mais: os medicamentos para tratar esta infecção agora nem são licenciados nos EUA. Onde antes havia 50 trabalhadores para vigiar os animais, agora há 5.
Os responsáveis já se esqueceram do assunto. É provável que agora tenham de recuperar memórias – e procedimentos de vigia, de combate.