O Teste do Café está a decidir quem é ou não contratado

Na Grécia, um patrão está a ser muito criticado por partilhar um processo de entrevista em que “lavar uma chávena de café” é um fator decisivo.

Em 2019, Trent Innes, atual diretor de crescimento da SiteMinder, participou no podcast The Venture, quando ainda era o diretor-geral da Xero Australia, onde discutiu a sua estratégia de contratação.

Trent Innes disse que, de modo filtrar candidatos em entrevistas de emprego, só contrata pessoas se ofereçam para lavar a chávena do café, no final da entrevista.

O empregador explicou que oferece sempre aos candidatos uma bebida. “Depois voltamos e fazemos a entrevista e uma coisa que reparo é se no final a pessoa se disponibiliza para lavar a própria chávena”, contou.

“Pode ter muitas habilidades, conhecimento e experiência, mas tudo se resume à atitude“, explicou Trent Innes, a razão pela qual considera a iniciativa daquela tarefa tão importante.

Técnica manipuladora?

Trent Innes contou que a maioria dos candidatos se ofereceu para lavar a chávena. No entanto, está a ser muito criticado.

Recentemente, o episódio voltou a circular pelas redes sociais, com muita gente a acusar o diretor de crescimento da SiteMinder de manipulação.

Um vídeo na rede social TikTok, que tem quase 25.000 gostos questionou a técnica: “Acho estranho lavar a própria chávena numa entrevista quando és convidado lá. Provavelmente perguntaria o que querem que eu faça com a chávena”.

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Outro utilizador comentou: “Se um empregador faz esses jogos mentais, é um sinal de alerta imediato. Termino ali a entrevista”.

“Então ele não comunica as suas necessidades e pune as pessoas por não lerem a sua mente?”, questionou um utilizador do Reddit, citado pela Business Insider.

“Parece-me um péssimo chefe”, acrescentou.

Apesar de o método de contratação explicado por Trent Innes parecer, teoricamente, inofensivo, muitas pessoas estão convencidas de que aquilo indica uma cultura de trabalho tóxica.