Presidente da República quer Orçamento aprovado para haver estabilidade política – mas em democracia é normal haver desentendimentos.
A votação do Orçamento do Estado para 2025 está cada vez mais próxima e, neste domingo, Marcelo Rebelo de Sousa apelou a consensos, à aprovação do documento.
“Eu estou convencido de que haverá Orçamento viabilizado para o ano que vem por uma razão muito simples (…) Eu não estou a ver que neste clima, num momento decisivo, não pese o bom senso porque é o que os portugueses querem”.
O chefe de Estado insistiu que os portugueses “não querem” uma crise política: “Se perguntar aos portugueses se querem uma crise política daqui a um mês e meio ou dois, eu acho que se houvesse um voto sobre isso a maioria esmagadora dizia que não”.
Há três aspectos a salientar destas declarações do presidente da República, como se destacou nesta segunda-feira na rádio Observador.
O primeiro é que Marcelo voltou a atirar para alguém a responsabilidade de uma crise política. Disse que são “os portugueses que querem” evitar essa instabilidade, que querem a aprovação do Orçamento – mas é o próprio presidente que quer evitar (mais) eleições durante o seu segundo e último mandato.
O presidente da República está a “transferir a responsabilidade para os portugueses” no caso de nova crise política, argumentou Helena Matos. “Transforma a vontade dele na vontade dos portugueses”, completou outro comentador político, Paulo Ferreira.
Bruno Vieira Amaral concorda com o presidente: os portugueses não querem mais eleições, não querem crises. “No entanto, elas acontecem e têm acontecido ao longo da história. Muitas”, lembrando que muitas vezes acontecem porque os partidos (não o povo) assim o querem e criam, num determinado momento.
Aqui, entra a segunda análise, acrescentou Paulo Ferreira: “A democracia é uma chatice. Num processo democrático, os Governos não chegam necessariamente até ao fim. Vimos isso agora. E então?”.
“O Salazar então é que tinha razão: estabilidade política durante meio século!“, ironizou Paulo Ferreira.
O terceiro aspecto destacado é uma aparente contradição do próprio Marcelo Rebelo de Sousa.
Estas declarações foram dadas aos jornalistas, à margem do Encontro Nacional da Juventude. Mas lá dentro, durante esse encontro, disse que “celebrar Abril é fazer rupturas” – quando se faz uma ruptura não há crise? Pergunta de Bruno Vieira Amaral.
O Professor Comentador , cada vez mais a revelar a sua verdadeira Ideologia , sabemos de onde veio e saberemos para onde nos quer conduzir , e não será para melhor !
A crise política já existe e foi provocada pelo Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, e a Sr.ª Procuradora-Geral, Lucília Gago, e está a trazer graves consequências para Portugal e os Portugueses, agora tem o descaramento, a cara-de-pau, de vir a público dizer que se o Orçamento do Estado (OE) para 2025 não for aprovado haverá uma crise política quando na verdade a mesma já existe e o Sr.º Presidente da República, Marcelo Sousa, é um dos seus principais responsáveis.
Os Portugueses não estão interessados se o Orçamento do Estado (OE) é aprovado ou não porque o mesmo não vai resolver nem beneficiar os problemas do País e o Povo Português; o que realmente os Portugueses desejam é que o Sr.º Presidente, Marcelo Sousa, se demita.
A culpa foi dos angolanos e os maços de notas pá!!! Os mesmos da Rosa grilo
Salazar tinha mesmo razão.Atrevam-se a fazer um referendo!
A crise política foi criada pelo Costinha, que sabia que ia ter aquele tachinho na Europa e aproveitou a deixa da bandalheira do governo e demitiu-se e passou a ser o coitadinho
“Os portugueses não querem uma crise política.” Diz o Marcelo. Os portugueses também não queriam uma crise política quando o sr professor Marcelo se lembrou de demitir um primeiro ministro que tinha o apoio de uma maioria absoluta, com a obcessão de colocar no poder o SEU partido. Os cálculos saíram-lhe errados e o Chega chegou onde chegou. Agora temos uma crise política orquestrada por este sr que diz que não quer crises políticas. O Marcelo devia ficar caladinho, pois não tem moral para dizer esta afronta….
O comentador irónico Paulo Ferreira com certeza não conhece a história da Primeira República!
Silva, então não foi o Costa que se demitiu? Mudou a história?
Js.
Coitadinho ou não, FOI o Marcelo que dissolveu uma maioria absoluta que tinha o trabalho feito a meio do processo.,