Costa defende diálogo, mas afirma: “Não somos uma maioria envergonhada”

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Manuel de Almeida / Lusa

O secretário-geral do PS, António Costa.

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa.

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, disse no domingo que “quando se tem maioria absoluta leva-se pancada de todos os lados” mas que, ainda assim, “é muito melhor ter maioria absoluta do que não ter”, num  jantar reservado a eurodeputados e ao grupo parlamentar do partido.

Para Costa, quando se governa sem maioria absoluta “leva-se pancada de um lado” e vai-se conversando com o outro. “Ter maioria absoluta não é ter o poder absoluto”, disse na intervenção ao jantar, citado pelo Observador, depois de ter discursado durante quase uma hora num comício, também em Leiria.

O dirigente lembrou, contudo, que “quando o diálogo não é possível” deve-se votar, ganhando “quem tem mais votos”.

“Foi sempre por isso que resisti à ideia de bloco central. Não porque o PSD me suscite alguma alergia, mas porque é importante que os portugueses saibam que há outros partidos que podem ter o seu voto”, referiu.

“Somos uma maioria de diálogo, mas não somos uma maioria envergonhada e devemos assumir a maioria quando ela é necessária exercer e quando o diálogo não é possível”, afirmou. E isto porque a maioria, referiu, “traz uma responsabilidade acrescida com os que votaram no PS”.

No jantar, disse ainda que é importante o PS “manter-se aberto ao diálogo, mas sem trair a vontade dos portugueses”, que lhe deu a maioria. “A Assembleia da República não é só o PS e o PS, é todos os outros, por isso devemos ser uma maioria de diálogo”, sublinhou.

Esta segunda-feira, no âmbito das jornadas parlamentares do PS, os 120 deputados socialistas estarão divididos por dez grupos para visitar empresas, entidades e instituições nos 16 concelhos do distrito de Leiria.

ZAP //

 

2 Comments

  1. Não tardará muito que vai “engolir” o que vem dizendo, pois continua a fazer dos portugueses parvos, que não o são. Apenas sabe e bem, explorar os mais debilitados. Veja-se o caso da TAP, onde injetou mais de 3,2 mil milhões de Euros dos nossos impostos, após ter revertido a privatização e ainda propagandeou a necessidade de termos uma companhia de bandeira e agora já esquece tudo e fala já na sua privatização novamente. Já gastou mais na TAP do que a propagandeada “ajuda” às “Famílias Primeiro” e, quanto, aos reformados vai lhes roubar parte do aumento que teriam em 2024, quando dizia em Junho /22 que iria cumprir a Lei. Políticos sem palavra está o mundo cheio. Fora com eles.

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